Homem passa pelo protesto e mostra arma. O ato foi organizado pelo "Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa" e durou até as 19h10| Foto: Reuters / Chico Ferreira

O ato anti-Copa que acontece na avenida Paulista, na região central de São Paulo, teve um princípio de tumulto no início da noite desta segunda-feira (23). A confusão aconteceu após a detenção de um manifestantes quando o grupo se preparava para encerrar o protesto, perto da praça do Ciclista.

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Outros manifestantes se revoltaram com a detenção e protestaram em torno dos policiais, que fizeram um cordão de isolamento na tentativa de distanciar os manifestantes. Testemunhas disseram que durante a confusão policiais civis chegaram a apontar uma arma contra o grupo e fez dois disparos.

O coronel José Eduardo Bexiga, da PM, afirmou que a prisão foi feita por policiais civis, mas não soube informar as causas. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) ainda não confirmou a prisão ou as causas dela.

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O protesto começou por volta das 15h e reuniu em torno de 200 pessoas, segundo estimativa da PM. O grupo se concentrou na praça do Ciclista, saiu em passeata até a praça Oswaldo Cruz e depois retornou para o ponto inicial do ato. Policiais militares acompanharam a passeata e chegaram a fechar o acesso de algumas ruas para evitar a mudança de direção do ato.

O ato foi organizado pelo "Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa" e durou até as 19h10, quando a Paulista foi liberada. No início, do ato, um observador legal já tinha detido, mas foi liberado em seguida.

Os Observadores Legais são um grupo ligado a entidades de direitos humanos e fiscalizam possíveis situações de conflito.

Durante a passeata, os manifestantes fizeram gritos de ordem como: "Chega de alegria, a PM mata pobre todo dia" e "Uh, patriota, hu, idiota". Na frente do edifício Pauliceia, o grupo se direcionou ao local com gritos como "eu, burguês, a culpa é de vocês!".

Na última quinta-feira (19) um protesto em Pinheiros, na zona oeste da cidade, acabou com a depredação de ao menos duas concessionárias e cinco agências bancárias. Na ocasião, a Polícia Militar foi acusada de demorar a agir para impedir a violência. Por isso, ela prometeu ser mais rigorosa na manifestação desta segunda.

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