Thomas Müller é a principal esperança de gols da Alemanha| Foto: Foto: Albari Rosa

Não se engane com o jeito desengonçado e com a expressão tranquila no rosto de Thomas Müller. Em Copas do Mundo, o atacante é sinônimo de agressividade e gols. Ele é a principal arma ofensiva da Alemanha no duelo de hoje contra o Brasil, às 17 horas, no Mineirão.

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INFOGRÁFICO: Veja informações sobre a artilharia alemã

Müller já balançou a rede quatro vezes e ainda deu duas assistências na competição. Na África do Sul, em 2010, foi um dos artilheiros, com cinco gols. Ou seja, são 9 tentos em 11 jogos no torneio mais importante do futebol mundial.

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No Bayern de Munique, clube em que atua, não é dele o papel de artilheiro. Ele nunca fez mais do que 13 gols em uma mesma edição do Campeonato Alemão. Com a camisa da seleção, excluindo os jogos em Mundiais, sua média é de apenas um gol a cada quatro jogos. O perfil artilheiro costuma aflorar justamente nas Copas.

Ciente desta "bipolaridade saudável", o técnico Joachim Löw tem Müller como o principal nome na linha de frente alemã. Em teoria, o jogador está posicionado como centroavante, mas não para por aí. Ficar estático contraria seu estilo de jogo. O atleta se movimenta por todo o campo e ajuda na marcação da saída de bola adversária. Ele é o segundo que mais correu em toda a Copa: 57,4 km em cinco partidas.

"É difícil para o adversário saber para onde ele vai, o que fará em campo. É um jogador que sabe criar situações de perigo durante o jogo", elogia o treinador.

Criado em uma vila na região da Bavária com apenas 2.500 habitantes, Müller gosta de tranquilidade. Adora a vida no campo e seu principal hobby é andar a cavalo. Na seleção, no entanto, a discrição não é uma das características. Ele veste a mesma camisa 13 que já foi dos ídolos alemães Gerd Müller e Michael Ballack e tem tudo para fazer história.

Com apenas 24 anos, o atacante tem pelo menos mais duas Copas pela frente e pode se tornar o maior artilheiro de todos os Mundiais. Faltam seis gols para igualar a marca de 15 de Klose, atual companheiro na seleção, e do brasileiro Ronaldo. Os dois recordistas, aliás, já declararam que confiam que Müller vai deixá-los para trás.

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"Ele tem um enorme potencial. Você percebe isso claramente quando trabalha perto dele, como está acontecendo diariamente agora. Não há dúvidas de que o Thomas pode quebrar o recorde", opinou Klose.

O jogador, porém, quer deixar as marcas pessoais em segundo plano. No currículo, ele já tem os títulos da Liga dos Campeões, Mundial de Clubes, Campeonato Alemão e Copa da Alemanha. Falta uma conquista pela seleção. Falta a Copa do Mundo. "Estou bem mentalmente, feliz com a seleção. Todos aqui são ambiciosos e eu espero poder ir o mais longe possível. Espero o título", resumiu.