
Abertura
Fifa exige estrutura mínima para jogo-teste no fim de janeiro
A Fifa voltará a Curitiba entre o fim de novembro e o início de dezembro, para verificar se a Arena da Baixada terá o mínimo necessário para o evento-teste de 26 de janeiro. A entidade exige cobertura, iluminação, gramado e 10 mil assentos para a partida entre operários da obra. A demora na liberação de recursos tem deixado a diretoria atleticana apreensiva. "Ficamos inseguros e em dúvida se vamos chegar nos prazos estipulados. Estamos trabalhando e o estádio estará pronto para a inauguração em março e para os jogos da Copa", afirmou o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, à Rádio CAP.
O Atlético depende da assinatura de um novo contrato de financiamento para receber a íntegra da quarta parcela do crédito de R$ 131,2 milhões tomado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), via Fomento Paraná. A liberação do valor de R$ 19 milhões chegou a ser anunciada com entusiasmo pelo secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro, graças ao ritmo de comercialização de créditos de potencial construtivo. A venda dos papéis, porém, é apenas o início de um processo que deve se arrastar por mais algumas semanas.
O bloqueio do repasse foi determinado em outubro, pelo Tribunal de Contas do Estado (TC-PR), com base no não pagamento dos juros de outro empréstimo tomado pelo Atlético na Fomento, no valor de R$ 30 milhões. Uma dívida de R$ 1,7 milhão, que, segundo Cordeiro, foi atualizada para R$ 1,4 milhão e será paga com potencial.
Até o dia 8 de novembro, a prefeitura vendeu 5.197 cotas de potencial construtivo específico da Arena. Arrecadou R$ 3,2 milhões, mas recebeu R$ 1,4 milhão. A diferença é causada pela condição de pagamento, em até oito vezes. O dinheiro entraria ontem na conta reservada para a operação e quitaria os atrasados. Assim, liberaria não só o restante da quarta parcela como permitiria ao Atlético solicitar a quinta, quando atingisse o porcentual correspondente de execução da obra. Na prática, não será assim.
O Atlético ajusta com a Fomento as condições de um terceiro empréstimo, para atender o reajuste do orçamento da obra, agora em R$ 265 milhões. A diferença em relação à fatura anterior é de R$ 80,4 milhões, mas não será necessário financiar tudo. O cálculo que será utilizado é do orçamento total menos a soma do orçamento anterior (R$ 184,6 milhões) com a projeção de valorização do potencial construtivo dedicado ao estádio, ainda em processo de avaliação.
Segundo a Gazeta do Povo apurou, o BNDES espera a assinatura deste novo financiamento para liberar o empréstimo anterior. O grande nó é o ajuste da garantia financeira. O Atlético estuda usar uma reavaliação do CT do Caju, já empenhado para assegurar o crédito de R$ 131,2 milhões, além de comprometer o contrato de naming rights da Arena, que o clube está prestes a fechar, e recebíveis por direitos de transmissão.
Durante a visita técnica da Fifa a Curitiba, na quarta-feira, foi dado um telefonema ao secretário-executivo do ministério do Esporte, Luís Fernandes, para conseguir acelerar o trâmite no BNDES. A resposta foi negativa. Haveria ainda a alternativa de remanejar recursos do banco estatal liberados para a Fomento com outra finalidade. Uma operação que dependeria do Palácio Iguaçu.
Por ora, o terceiro empréstimo segue o trâmite normal do BNDES, o que deve fazer o procedimento invadir o mês de dezembro. Até lá, a Arena da Baixada não receberá nova injeção financeira.
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