Uma das novidades da seleção da Coreia do Sul, que chegou terça-feira a Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, para uma semana de treinos, é paranaense. O curitibano Denis Iwamura, 35 anos, passou a integrar a comissão técnica da equipe asiática neste ano e fará parte do grupo que estará na Copa do Mundo os sul-coreanos estão no Grupo H e enfrentam, na sequência, Rússia, Argélia e Bélgica.
Formado em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Iwamura foi convidado pelo próprio técnico Hong Myung-Bo, após trabalhar nos principais clubes nos dois anos em que vive na Coreia: o Daegu e o Busan, onde ainda segue trabalhando.
A função de Iwamura, de analista de desempenho, é levantar estatísticas do rendimento dos jogadores para que a comissão técnica faça o planejamento detalhado dos treinos, incluindo estatísticas e imagens de vídeo. Função que ele já exerceu no Coritiba (onde foi campeão da Série B em 2007 e do Paranaense de 2008) e no Santos (conquistou o bi paulista de 2010/11 , a Copa do Brasil de 2010 e a Libertadores de 2011).
"O principal fator que me fez aceitar o convite foi a experiência de poder participar de uma Copa. Sou novo e pretendo juntar todas essas experiências na minha carreira", afirma Iwamura, cujo plano é seguir os passos do ex e do atual técnico do Coritiba, Marquinhos Santos e Dado Cavalcanti, que se tornaram treinadores antes dos 40 anos. "Me espelho neles", admite.
O primeiro passo já foi dado. A partir dos contatos no futebol coreano, Iwamura, que cita René Simões e Dorival Jr, com quem trabalhou no Coxa, como referências, está concluindo o curso de treinador da Uefa, a entidade que regula o futebol europeu.
Dos pontos fortes dos jogadores asiáticos, Iwamura cita a determinação como o grande diferencial para a Copa. A base é a equipe medalha de bronze na Olimpíada de Londres, em 2012. Ou seja, o grupo é jovem média de idade de 24 anos , o que tem feito com o que o treinador tente convencer o ídolo Park Ji Sung, 32 anos, que jogou no inglês Manchester United e atualmente está no holandês PSV, a desistir da aposentadoria da equipe nacional.
Sobre as características dos jogadores coreanos, ele explica que enquanto que o brasileiro se sobressai pelo talento e imprevisibilidade, os asiáticos se dedicam com afinco a cumprir as funções determinadas pelo treinador. "O coreano é muito disciplinado e isso compensa a falta de técnica. Na Coreia, eu aprendi que pelo esforço também pode haver competitividade no futebol", enfatiza.
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