Com o acidente ocorrido na madrugada deste sábado (14) na Arena da Amazônia, em Manaus, sobe para cinco o número de mortes registrado nas obras dos estádios que vão receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. Dois deles ocorreram em Manaus, outros dois na Arena Corinthians, em São Paulo, e um no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.
Na madrugada deste sábado, o operário Marcleudo de Melo Ferreira, de 22 anos, natural do Ceará, morreu ao sofrer queda de uma altura de cerca de 35 metros na Arena da Amazônia.
O acidente ocorreu às 4 horas da manhã e as causas ainda não foram apuradas. Uma investigação interna será realizada, segundo a construtora Andrade Gutierrez, responsável pela obra. Em março deste ano, o operário Raimundo Nonato Lima da Costa, 49 anos, também veio a falecer após cair de uma altura de cerca de cinco metros.
Em São Paulo, na Arena Corinthians, o chamado Itaquerão, dois trabalhadores faleceram no mês passado. Fábio Luiz Pereira, 42, motorista/operador de Munck da empresa BHM, e Ronaldo Oliveira dos Santos, 44 anos, montador da empresa Conecta, foram atingidos após o guindaste que içava o último módulo da estrutura da cobertura metálica do estádio tombar, provocando a queda da peça sobre parte da área de circulação do prédio leste, atingindo parcialmente a fachada em LED.
A primeira morte registrada em um estádio da Copa foi a do ajudante de carpinteiro José Afonso de Oliveira Rodrigues, de 21 anos, que caiu de uma altura de cerca de 50 metros, em junho do ano passado.
Os incidentes ocorrem em paralelo aos atrasos da construção dos estádios. Para os primeiros meses de 2014, está prevista a entrega oficial de três obras da Copa: Arena Pantanal (87% concluída), Arena Amazônia (92,83%) e Itaquerão (94%). As obras mais atrasadas da Copa são do estádio do Atlético-PR, a Arena da Baixada, na qual 85% do empreendimento foi concluído. Em contrapartida, em Cuiabá, a Arena do Pantanal é a mais avançada com conclusão de 97% das obras. A reforma da Beira Rio tem porcentual de conclusão de 92%.