Após susto, sindicato confia em reviravolta
Chamado para dar suporte técnico ao comitê gestor da obra da Arena, o Sindicato das Indústria de Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR) terá de ajudar a desenhar um cenário diferente do encontrado em dezembro, durante visita ao estádio. Um rápido tour pela Baixada bastou para indicar que a reforma não seria concluída no prazo.
"Me assustei", admite o presidente do Sinduscon-PR, José Eugênio Gizzi. "Esperava encontrar a obra em um estágio mais avançado, mas havia várias frentes de trabalho que poderiam estar sendo mais atacadas", prosseguiu.
O convite à participação do sindicato partiu da prefeitura. O vice-presidente da entidade, João Carlos Perussolo, fará parte do comitê. Um engenheiro e uma arquiteta estarão na obra diariamente, elaborando relatórios para apontar eventuais e problemas e correções de rumo, diz Gizzi. Ele vê boas possibilidades de, no dia 18/2, convencer a Fifa de que a Baixada estará pronta para a Copa.
"Em engenharia, sempre é possível recuperar o tempo perdido com a criação de mais frentes de trabalho, mais pessoas e mais turnos. É preciso ter gente trabalhando em todos os cantos, com o planejamento adequado", afirmou.
Segundo os organizadores da Copa em Curitiba, até 18/2 é preciso concluir os acessos aos vestiários, a cobertura, a iluminação, o gramado e instalar 10 mil assentos.
O comitê gestor da obra na Arena será criado oficialmente hoje, pelo prefeito Gustavo Fruet e o governador Beto Richa, com um orçamento novo para trabalhar. Ontem, o Atlético protocolou na Fomento Paraná o cronograma financeiro atualizado da reforma. O documento será analisado pelos técnicos da agência e repassado ao grupo de trabalho. O valor não foi divulgado.
A adequação financeira da obra é um dos pontos do plano emergencial anunciado na terça-feira, pela Fifa e o governo federal. Os outros são a criação do comitê e um incremento na força de trabalho. Com estas modificações, Curitiba terá de mostrar, até 18/2, que é capaz de receber a Copa.
O dia seguinte ao ultimato da Fifa foi de demonstrações públicas de apoio à capital paranaense. Tanto a presidente Dilma Roussef quanto o presidente do Comitê Organizador Local (COL) e da CBF, José Maria Marín, disseram confiar no avanço da obra, durante a inauguração da Arena das Dunas, em Natal.
"Eles irão fazer o estádio no prazo. Tenho certeza", disse Dilma. "Não quero pensar em plano B. Tem apenas o plano A. Com boa vontade, tudo se consegue", afirmou Marín, que pouco antes havia deixado escapar a possibilidade de a Fifa estudar um plano B. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, evitou comentários. "Vamos curtir Natal, o belo estádio", desconversou.
A indefinição sobre Curitiba estimulou o lobby de outras sedes. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB), anunciou no Twitter que aproveitaria a presença de Valcke em Natal para oferecer a Arena das Dunas.
Incumbido de evitar que o estado seja excluído do Mundial, o comitê gestor da obra já tem dois membros: o superintendente da secretaria municipal de Urbanismo, Reginaldo Mendes Júnior, e o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), João Carlos Perussolo.
Hoje devem ser indicados os representantes do governo estadual e do Atlético. Amanhã ocorrerá a primeira reunião, com a presença de dois engenheiros do COL.
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