O governo do Rio assinou na terça-feira o contrato com o consórcio Maracanã S.A., formado pela Odebrecht, a IMX de Eike Batista e a norte-americana AEG, que vão administrar o estádio pelos próximos 35 anos. Embora a assinatura tenha acontecido sem nenhuma divulgação, o extrato do contrato foi publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial do Estado.
O grupo, que venceu licitação (contra um concorrente) realizada pelo governo pela concessão do estádio, vai pagar 34 parcelas anuais de R$ 5,5 milhões, corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e investir R$ 594,2 milhões em obras no entorno do Maracanã, como a demolição do estádio de atletismo Célio de Barros e do parque aquático Julio Delamare e a construção de novos centros de treinamento.
No fim de maio, a reportagem teve acesso, por meio da Lei de Acesso à Informação, às propostas técnica e econômica do consórcio de Eike e Odebrecht para o novo Maracanã. O documento mostra que o grupo quer fazer nova reforma no estádio - onde já foi investido mais de R$ 1,12 bilhão de dinheiro público na obra atual - depois da Copa do Mundo de 2014, que inclui a ampliação dos camarotes, implantação de um elevador no setor leste, instalação das bases para um palco atrás de um dos gols e a reforma da torre de vidro.
Também na proposta, o consórcio detalha o cronograma de demolições e construções no entorno do estádio. O novo centro de treinamento de esportes aquáticos, segundo o grupo de Eike, só deve ficar pronto depois da Olimpíada do Rio. Julio Delamare e Célio de Barros já estão fechados há semanas para os atletas.
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