A Copa do Mundo de 2014, no Brasil, rendeu à Fifa o maior faturamento da história da entidade. O balanço financeiro da entidade, divulgado ontem, aponta que o órgão faturou no ano passado US$ 1,386 bilhão (R$ 3,2 bilhões). O crescimento nas receitas foi de 7,4% em relação ao recorde anterior, US$ 1,291 milhão (R$ 3 milhões, na cotação atual), estabelecido em 2010, ano da Copa da África do Sul.
Em relação ao mesmo período do ciclo anterior, o faturamento aumentou em 30,87%, já que em 2009, um ano antes do último Mundial, a Fifa viu entrar nos seus cofres US$ 1,059 bilhão (R$ 2,5 bilhões). Só com marketing e venda dos direitos de transmissão, a Copa de 2014 rendeu à entidade aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 2,3 bilhões) no ano passado.
"A maior parte dos direitos de transmissão foram vendidos antes mesmo de o Brasil ser escolhido sede da Copa. Batemos todos os recordes com vendas de ingressos e pacotes de hospitalidade. Isso mostra que o Brasil é o país do futebol", disse o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.
Apesar de todas as marcas positivas, o lucro da Fifa em 2013 não foi tão alto assim. A entidade fechou o balanço com US$ 72 milhões (R$ 167 milhões) positivos, menos do que os US$ 89 milhões (R$ 206 milhões) do ano passado. Em 2010, seu melhor balanço financeiro, o lucro foi de R$ 202 milhões (R$ 469 milhões).
"É incrível ver como, mesmo em um mundo com tantas dificuldades, há mercado para o futebol. Estamos crescendo. Ganharemos mais dinheiro na Rússia [em 2018] e no Catar [em 2022], porque isso [o crescimento financeiro] não é relacionado ao lugar [onde a Copa é realizada], mas ao valor da Copa do Mundo. Porque esse é um evento único", reforçou Valcke.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, adotou tom mais cauteloso ao comentar o relatório e destacou o desconhecimento sobre os custos da realização do Mundial no Brasil, mesmo celebrando o aumento das reservas. "É verdade que melhoramos nossa reserva, mas o custo da Copa [no Brasil] ainda não está claro", disse ele sobre a Copa, que deve gerar recursos de mais de US$ 4 bilhões (R$ 9,3 bilhões).
Blatter, porém, se recusou a comentar sobre as acusações que ligam a escolha do Catar como sede da Copa de 2022 ao pagamento supostamente realizado aos eleitores da votação. "Eu não tenho o direito [de discutir as acusações publicadas nesta semana pelo jornal britânico Daily Telegraph]", disse.
O Daily Telegraph disse ter provas de que uma empresa controlada por Mohamed bin Hammam, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, pagou quase US$ 2 milhões para Jack Warner, ex-vice-presidente da entidade, após a votação em dezembro de 2010.
O presidente da Fifa também rejeitou sugestões de que o conflito político entre Rússia e a Ucrânia possam afetar a Copa de 2018. "A Copa do Mundo foi votada para ser na Rússia e estamos seguindo em frente com o nosso trabalho", afirmou Blatter.
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