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Faltando 31 dias para o início da Copa do Mundo, nenhuma das 11 obras mantidas no plano de Curitiba para o evento foi concluída. Realidade semelhante à das 42 intervenções – entre portos, estádios, aeroportos e benfeitorias de mobilidade urbana – espalhadas pelas outras 11 cidades-sedes do evento, das quais 32 ainda serão entregues até o pontapé inicial e outras 10 ficarão para depois do evento. Cenário que transforma maio em um mês frenético até o duelo entre Brasil e Croácia, dia 12 de junho, às 17 horas, em São Paulo.

INFOGRÁFICO: Veja o balanço das obras na Copa

Com base na Matriz de Responsabilidade do governo federal, a capital paranaense é a recordista de trabalho em andamento – Arena da Baixada, Aeroporto Afonso Pena e nove obras de mobilidade urbana. Isso porque ela foi a que mais manteve obras no planejamento para o evento. Na sequência vem Fortaleza, com sete intervenções correndo contra o relógio.

Curitiba vai precisar correr para cumprir o prometido. O corredor curitibano Aeroporto-Rodoferroviária, por exemplo, já foi parcialmente inaugurado com a conclusão da Trincheira do Gua­­birotuba e do Viaduto Es­­taiado, mas quatro lotes da via ainda estão em obras, com máquinas pesadas, operários e bloqueios.

Cenário semelhante ao do entorno da Rodoferroviária, onde as obras começaram neste ano – quase cinco anos após a escolha das cidades-sedes do evento. De acordo com o secretário-geral da Copa no município, Reginaldo Cordeiro, essas obras estão com esse aspecto porque começaram todas de uma vez. "Mas tudo será entregue", afirma.

Se do lado de fora da Ro­­doferroviária o cenário é de obras embrionárias, dentro a situação parece mais encaminhada. Um dos blocos do local já foi entregue e o segundo está em fase final de acabamento, inclusive com o espaço destinado para venda de passagens já inaugurado.

As obras do trecho municipal do Corredor Marechal Floriano Peixoto, por sua vez, estão mais próximas do fim. A canaleta e as vias marginais já foram todas recapeadas e novos postes de iluminação foram instalados. Além disso, as obras mais complexas da ponte sobre o canal paralelo ao Rio Iguaçu e o viaduto sobre a linha férrea foram concluídas. Ainda há intervenções viárias, mas segundo Cordeiro elas são de simples execução.

O mesmo não ocorre no entorno da Arena da Baixada. O entorno do estádio ainda não está com o calçamento pronto e há entulhos por toda parte. No total, a prefeitura investirá mais de R$ 33 milhões na região – sendo a maior parte (R$ 22 milhões) para a instalação das estruturas complementares.

Apesar do curto espaço de tempo, de acordo com Cordeiro, todas as obras sob responsabilidade da prefeitura – incluído aí o entorno do estádio rubro-negro – serão entregues até 30 de maio.

Abandonados

Os projetos para o Mundial sofreram alterações no meio do caminho. Alguns foram abandonados e outros tiveram prazos esticados. A última obra a sair do radar da Copa foi a requalificação do Terminal Santa Cândida, que ficará para depois do evento da Fifa. A obra, segundo Reginaldo Cordeiro, não é uma prioridade para o evento. "Ela não está na rota protocolar da Copa. Não temos tanta preocupação com a entrega dela até o Mundial."

Também deixaram de in­­tegrar a Matriz de Res­­pon­­sabilidade uma obra de responsabilidade da prefeitura, a requalificação da Cândido de Abreu, e duas do governo do estado, a alça de acesso da Avenida Salgado Filho e o Corredor Metropolitano.

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