O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira (28) que mesmo com o acidente do dia anterior no Itaquerão, que provocou a morte de dois operários, a abertura da Copa do Mundo de 2014 será realizada no futuro estádio do Corinthians. "Como é em junho, tem margem grande e [o acidente] não vai afetar", disse.
O governador pediu rigor na apuração das causas da queda do guindaste que destruiu parte do estádio que está sendo construído na zona leste da capital paulista. "É preciso uma apuração rigorosa, da Polícia Civil, da Polícia Técnica e do Corpo de Bombeiros, até para evitar novos acidentes", afirmou.
Ele também lamentou as mortes e disse que prestava solidariedade às famílias dos dois trabalhadores que morreram no acidente - Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos.
A área afetada pelo acidente, que corresponde a cerca de 30% do estádio, foi interditada pela Defesa Civil, que trabalha com a Polícia Científica na perícia do local. Enquanto isso, todo o canteiro de obras do Itaquerão foi paralisado por três dias, por causa do luto oficial decretado pelo Corinthians e a construtora Odebrecht.
A previsão era de que o Itaquerão fosse entregue até o final de dezembro, dentro do prazo estipulado pela Fifa, mas, com o acidente, deve haver atraso de 45 a 60 dias.
Perícia
Os trabalhos de perícia no estádio foram iniciados no final da manhã desta quinta-feira, com a presença de representantes da Defesa Civil, do Ministério do Trabalho e do Sindicato dos Operários.
O coordenador da Defesa Civil, Jair Facca de Lima, não quis se pronunciar oficialmente, mas adiantou que somente depois da análise técnica será decidido por quanto tempo a obra ficará parada. A vistoria deve durar cerca de quatro horas.
Na quarta-feira, a Defesa Civil já havia realizado uma vistoria preliminar no Itaquerão, após o acidente ocorrido no começo da tarde. Naquele momento, Jair Facca de Lima adiantou que a estrutura do estádio não foi afetada com a queda do guindaste no setor leste, assim como já havia informado a construtora Odebrecht, responsável pela obra.
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