James Rodriguez mostra o escudo da Colômbia na comemoração do gol| Foto: Albari Rosa

23 anos

É a idade do meia colombiano James Rodrigues. Camisa 10, como o ídolo Valderrama, o jogador foi fundamental para a vitória de ontem, que garantiu à atual seleção da Colômbia a melhor campanha desde 1990, quando ele não era nem nascido.

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Quando a Colômbia fez sua melhor campanha em uma Copa, há 24 anos, o meia James Rodriguez nem era nascido. Na época, o time dos cabeludos Higuita e Valderrama fez história – tanta que rendeu até uma série de televisão chamada La Selección, exibida entre 2013 e 2014. Ontem, Rodriguez garantiu à seleção o melhor aproveitamento dos cinco Mundiais que disputou (1962, 1990, 1994, 1998 e 2014).

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Vestindo a camisa 10, como Valderrama, ele foi fundamental para a vitória, por 2 a 1, contra a Costa do Marfim. Foi do jogador do Monaco o primeiro gol, de cabeça, aos 19/2.º, e a roubada de bola que gerou o segundo, aos 25/2.º, marcado por Quintero. Gervinho descontou com um golaço aos 28/2.º.

O resultado colocou os colombianos nas oitavas de final – graças também ao empate sem gols entre Japão e Grécia, horas mais tarde – e na liderança do Grupo C, com seis pontos. Na última partida da chave, terça-feira, a equipe enfrenta o Japão. Costa do Marfim, com três pontos, pega a Grécia, no mesmo dia. Japoneses e gregos têm apenas um ponto.

Com bem menos marra, o elenco atual já fez mais pontos do que o time de 1990 – que chegou à segunda fase com uma vitória, um empate e uma derrota. Na época, os africanos de Camarões foram os algozes dos colombianos. Desta vez, os marfinenses pagaram o pato em um jogo equilibrado, no qual os sul-americanos contaram com o apoio maciço das arquibancadas.

Tímido, ao contrário dos ídolos de duas décadas atrás, Rodrigues foi escolhido pela Fifa o melhor jogador da partida e fez questão de dar à torcida parte do crédito pela vitória. "Com tanto apoio, tanta gente, penso como isso é algo grande", afirmou.

A citação foi justa. Assim como na vitória contra a Grécia, por 3 a 0, em Belo Ho­­ri­­zonte, os torcedores colombianos fizeram a diferença. "Você já vê, você já vê, somos locais outra vez!", cantavam desde a entrada no Mané Garrincha.

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De acordo com a Fifa, eles eram 23% das 68.748 pessoas presentes. Pareciam muito mais, também em função da solidariedade dos vizinhos brasileiros. "Em partidas difíceis, como a de hoje [ontem], todo esse apoio é muito importante", disse o técnico da seleção, o argentino Jose Pekerman.

Sobre as comparações com o passado colombiano, ele diz que a resposta depende do futuro. "Essa geração de futebolistas [de 1990] assombrou ao mundo do futebol. [...] Para tomar uma medida justa, é melhor esperar, ter um equilíbrio de análise. Hoje estamos bem, mas não é definitivo e enfrentaremos adversários muito duros."