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Fonte Nova teve 58% de tricolores e 42% de rubro-negros neste domingo | Manu Dias / Governo da Bahia
Fonte Nova teve 58% de tricolores e 42% de rubro-negros neste domingo| Foto: Manu Dias / Governo da Bahia

Salvador - No Ba-Vi deste domingo (7), vencido pelo Vitória por uma histórica goleada de 5 a 1, as duas torcidas se emocionaram - pelo menos antes do resultado, no caso do Bahia. A inauguração da Itaipava Arena Fonte Nova levou mais de 40 mil pessoas ao estádio e representou um marco para o povo baiano.

Construída para a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, ao custo de R$ 688 milhões, através de uma parceria público-privada, a arena baiana começou a mexer com os torcedores muito antes do jogo. Uma apresentação de 40 minutos lembrou inclusive dos sete mortos do último duelo no velho estádio, em 2007, quando uma arquibancada cedeu.

Apesar da nostalgia, o que empolgou mesmo os torcedores foram as atrações baianas de sempre. Desta vez com direito até a um "clássico" no palco: com Claudia Leite, torcedora do Bahia, e Ivete Sangalo, fã do Vitória.

Com a Fonte Nova dividida em 58% para os tricolores, porque o Bahia era o mandante da partida, e 42% para os rubro-negros – equilíbrio impensado há muito tempo em clássicos no Paraná –, as duas estrelas tiveram de escutar muitas vaias das torcidas adversárias. Os shows fizeram com que o público chegasse cedo, evitando tumulto. Antes do jogo, o Olodum tocou o hino nacional, este, sim, cantado em uníssono pelas duas torcidas.

Quando o juiz apitou o início da partida, o que se viu foram dois times e a arbitragem nervosos até o primeiro gol do Vitória, marcado por Renato Cajá, de pênalti, o primeiro da remodelada Fonte Nova.

No intervalo, alguns torcedores tiveram dificuldades para comprar as fichas nos caixas das lanchonetes, gerando filas. Um dos poucos problemas registrados na inauguração, que tinha um efetivo de 1.200 policiais militares em serviço. Tamanho contingente no estádio e em volta dele afastou confusões e um início de conflito só ocorreu a 15 quilômetros, quando as duas torcidas se encontraram. No entanto, apesar das provocações, não houve briga.

Na etapa final, Maxi Biancucchi aumentou para o Vitória, em um belo gol por cobertura, e Michel fez o terceiro para o Leão da Barra. Quando os rubro-negros já cantavam "a Fonte Nova é nossa", Zé Roberto diminuiu para o Bahia. Mas, em um contra-ataque, Vander fez o quarto, antes de Escudero fechar a goleada, mandando a torcida tricolor mais cedo para casa.

"Esta Arena está extraordinária. Só queremos que ela seja conservada, é a única preocupação do povo baiano", disse o torcedor rubro-negro Felipe Jucá, de 79 anos e com mais de 50 de Fonte Nova. "Está ótimo. Eu vinha desde criança e estava aqui na catástrofe [de 2007]. Passou na cabeça todos os jogos antigos quando entrei aqui", afirmou o tricolor Armando Neto, de 48 anos.

O jornalista viajou a convite da Itaipava Arena Fonte Nova

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