Recursos
Indutores do turismo ainda não receberam verba para o setor
Desconsiderando os recursos liberados para as intervenções turísticas previstas na matriz de responsabilidades da Copa, o Ministério do Turismo repassou em 2012 pouco mais R$ 4 milhões para obras estruturantes em municípios paranaenses. Os recursos, porém, não chegaram a nenhum dos conhecidos destinos turísticos do estado, como Paranaguá, região dos Campos Gerais ou Foz do Iguaçu.
De acordo com dados portal do MTur, foram repassados recursos para revitalização de pontos turísticos e construção de centros de eventos em municípios como Bandeirantes, Boa Vista, Cianorte, Cruzeiro do Oeste, Faxinal, Marechal Cândido Rondon, Nova Prata do Iguaçu, Três Barras do Paraná e Umuarama.
Em 2011, Antonina recebeu R$ 146 mil para aquisição de equipamentos e iluminação cênica em edifícios históricos e o município de Matinhos foi contemplado com a liberação de R$ 1,7 milhão para reurbanização de seu calçadão e entorno.
Segundo Márcia Nakatani, professora do Departamento de Turismo UFPR, municípios distantes aproximadamente 100 km da cada cidade-sede da Copa deverão se beneficiar com a Copa do Mundo. Apesar de admitir que "pouca coisa foi realizada" na área de infraestrutura, a docente acredita que ainda está em tempo de investir no setor.
Segundo Rafael Guttierres Júnior, presidente da Fundação Municipal do Turismo de Paranaguá, a prefeitura local encaminhou, no último dia 31, diversos projetos para infraestrutura turística do município, que somam R$ 10 milhões. "Cadastramos em cima da hora, mas esperamos que as obras fiquem prontas antes da Copa", diz.
Já Eldo Bortolini, secretário municipal de Turismo de Ponta Grossa, acredita que a cidade será beneficiada pelo evento mesmo sem os recursos federais. "Estudos indicam que municípios próximos às cidades-sede se beneficiam. Não recebemos recursos federais, mas queremos.(RM)
Pro Copa
Programa de financiamento a hotéis não chegou ao PR
Lançado em 2010, o ProCopa Turismo, programa de financiamento do BNDES em parceria com o Ministério do Turismo para a ampliação e modernização do parque hoteleiro nacional, ainda não beneficiou nenhum empreendimento do Paraná. A ação financia projetos de hotéis de eficiência energética e sustentáveis com prazos mais longos e juros mais baixos.
De acordo com a assessoria do banco estatal, dez operações foram aprovadas para a reforma ou construção de 12 hotéis, no valor total de R$ 754,5 milhões. A maior parte desses estabelecimentos está no Rio de Janeiro, estado que amealhou R$ 639,5 milhões da linha de crédito por meio de cinco estabelecimentos de hospedagem.
O restante do recurso ficou divido em operações em Aparecida, interior de São Paulo, Natal, Recife, Salvador e Mata de São João, também na Bahia.
O BNDES informou, porém, que mais R$ 713 milhões em pedidos de financiamentos estão em análise, o que elevaria para R$ 1,4 bilhão o volume de recursos do ProCopa. Novos pedidos de financiamento serão recebidos apenas até o próximo dia 30 de junho.
Segundo Simone Villanueva, presidente regional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), o programa priorizou outros estados. "Essa é uma linha de crédito que pouquíssimas pessoas ou empresas têm acesso por pedir garantia de mais de 100% do valor solicitado".(RM)
As intervenções de infraestrutura turística do estado, últimas obras que se mantêm apenas no papel no programa do Paraná para a Copa do Mundo 2014, vão custar mais do que estava previsto. Inicialmente estimados em R$ 9,2 milhões, os sete projetos do setor agora aparecem na matriz de responsabilidade do governo federal com um custo de R$ 15,1 milhões valor 65% maior. Além disso, foram incluídas intervenções de sinalização turística em Curitiba que somarão mais R$ 3,9 milhões.
O valor dos projetos, que vão desde a revitalização da Praça da Espanha, em Curitiba, até a implantação de novos centros de atendimento ao turista em Foz do Iguaçu, apareceu pela primeira vez quando o Grupo Executivo para a Copa do Mundo 2014 (Gecopa) aprovou o Plano de Turismo do mundial, em setembro de 2012.
Antes mesmo da criação desse plano, o Portal Transparência da Controladoria Geral da União já apontava as mesmas intervenções sob o custo de R$ 9,2 milhões. O valor foi alimentado por funcionários do Ministério do Turismo e se referia às ações previstas ao ano de 2012, sem contemplar o que seria executado em 2013.
Apesar de negar que tenha havido um estouro no orçamento, o Ministério do Turismo informou que trabalha com o custo estabelecido pelo Gecopa de R$ 19,4 milhões. Anteriormente, entretanto, o orçamento informado era de R$ 9,2 milhões, inclusive com valores detalhados por projetos.
Essas eram as últimas obras paranaenses para a Copa ainda incólumes a reajustes. A mobilidade urbana teve acréscimo de 56% (passou de R$ 315 milhões para R$ 493 milhões) e a reforma da Arena da Baixada cresceu R$ 74 milhões.
Já a ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Aeroporto Afonso Pena saíra por R$ 246,7 milhões, embora inicialmente a Infraero tenha anunciado a obra por R$ 41,3 milhões. A justificativa é que o valor aumentou porque a Infraero decidiu ampliar os projetos.
Paraná
Apesar de mais cara, a conta pouco respingará nos cofres locais. Isso porque os contratos para as obras turísticas com a Caixa ainda não haviam sido assinados e as contrapartidas da prefeitura e do governo do estado se mantiveram em 8% do valor total de cada intervenção.
A contrapartida da prefeitura de Curitiba, responsável pela execução de seis dos oito projetos atuais, era de R$ 618 mil no orçamento inicial e agora será de 1,3 milhão. Situação bem diferente da vivida após o estouro do orçamento das obras de mobilidade urbana, quando a contrapartida da prefeitura passou de cerca de R$ 11 milhões para mais de R$ 140 milhões.
Questionado sobre as diferenças nos valores, Paulo Roberto Colnaghi Ribeiro, superintendente interino do Instituto Municipal de Turismo, informou que, como o aditivo foi assinado pela antiga gestão, ele não poderia detalhar os motivos, mas disse acreditar que isso deve ter ocorrido já prevendo eventuais acréscimos no decorrer das obras.
Obras na capital devem começar em 120 dias
Apesar da proximidade com a data de abertura da Copa do Mundo, as obras de infraestrutura turística devem ficar prontas antes do mundial. Pelo menos é isso que garante Paulo Roberto Colnaghi Ribeiro, superintendente interino do Instituto Municipal de Turismo.
"Pegamos essas intervenções da gestão anterior, e estamos em uma fase de finalização de projetos e revisão de orçamento. Pretendemos começar em um prazo de 120 dias e o nosso limite é abril de 2014."
O Centro de Atendimento ao Turista (CAT) do Jardim Botânico, porém, não deverá ser levado adiante pela prefeitura. "Vamos solicitar ao ministério do Turismo a troca do projeto porque o parque é mantido por uma empresa privada, que já tem projeto de reformulação. No lugar, vamos sugerir a inclusão de três CATs móveis", afirmou o superintendente do IMC.
Estão previstos seis projetos para Curitiba. A Praça da Espanha terá obras de acessibilidade e a Praça Carlos Gomes ganhará sanitários, posto de informações turísticas e uma parada de ônibus que ligará o Centro ao Parque Barigui, onde será montada a Fan Fest.
Governo diz que tudo fica pronto em 2014
O governo do estado, responsável pela instalação dos novos centros de atendimento ao turista em Foz do Iguaçu e pelo posto de informações no Aeroporto Afonso Pena, não informou quando deverá começar as obras, mas disse que tudo estará pronto no primeiro semestre de 2014.
Assim como a prefeitura de Curitiba, o governo estadual também descartou uma ação: um quiosque turístico previsto para Foz do Iguaçu não deverá ser construído. Segundo a Secretaria do Turismo, isso ocorreu devido à dificuldade em reservar um espaço público para implantá-lo.
Os centros de atendimento do município do Sudoeste paranaense, porém, estão mantidos. De acordo com o governo, a Setu iniciou a elaboração do Termo de Referência para a contratação dos projetos executivos para os dois projetos um a ser implantado na Avenida das Cataratas e outro na Praça Getúlio Vargas.
As obras cujas execuções são de responsabilidade do governo do Paraná não sofreram reajustes. As intervenções permanecem com o valor total de R$ 1,4 milhão, com contrapartida estadual de R$ 230 mil.
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