Visita ignora obras do PAC

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A visita da Comitiva da Fifa para vistoriar as obras na Arena nem sequer tocou no tema das demais reformas que fazem parte do "pacote do legado" para a Curitiba. Caso as dez obras de mobilidade urbana também estivessem na agenda do dia de Jérôme Valcke e companhia, outros atrasos entrariam na pauta.

A demora no início das empreitadas do PAC da Copa e alterações e adaptações nos projetos contribuíram para o ritmo lento, a ponto de o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR) definir que o andamento está aquém do necessário para as obras serem terminadas no prazo.

Por isso, todas as medidas para garantir a entrega a tempo do Mundial estão sendo tomadas, asseguram o secretário municipal da Copa 2014, Reginaldo Cordeiro, e o diretor técnico da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) da secretaria estadual do Desenvolvimento Urbano, Sandro Setim.

Em um relatório publicado no final de junho, o TC-PR apontou que Curitiba precisa dobrar o ritmo de execução dos projetos para que não haja atrasos. "A tendência é de todas as obras terminarem até abril de 2014", afirma Cordeiro, sobre as seis obras sob responsabilidade do município. Entre elas, a requalificação da rodoferroviária, do terminal do Santa Cândida, do corredor da Marechal Floriano e da extensão da Linha Sul.

"A Linha Verde, que é a mais atrasada, já está com o serviço lançado e haverá um trabalho reforçado entre setembro e novembro. A única obra que nos trazia maior preocupação era na rodoferroviária, para adaptação da entrada pela Rua Conselheiro Laurindo. Agora, aguardamos apenas a definição do Ippuc", falou o secretário.

Setim afirmou que, a partir dos dados do TC-PR, foi solicitado às empresas contratadas aumento de pessoal e nas horas trabalhadas para acelerar as quatro obras a cargo do governo estadual, como o Corredor Aeroporto-Rodoferroviária e as Vias de Integração Radial Metropolitana. "Isso não gera nenhum aumento no custo total licitado. Relatórios como o do TC-PR servem de alerta. Mesmo tendo prazos diferentes das medições que nós fazemos, servem de balizadores", destacou.