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Com mais um pontapé inicial da presidente Dilma Rous­­seff, foi fechado ontem, na Arena Pernambuco, o ciclo de inaugurações políticas dos palcos da Copa das Confederações 2013. E, com ele, um extenso diagnóstico dos problemas em estádios novinhos e milionários entregues inacabados e inflacionados. Juntas, as seis praças esportivas destacadas para receber o evento-teste da Fifa daqui a 25 dias extrapolaram em 24,2% o orçamento inicial – de R$ 3,515 bilhões para R$ 4,331 bilhões – e todas exigem ajustes.

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As adequações vão desde instalações de placas de si­­na­­­­lização como no Mineirão, até a troca total do campo do bilionário Mané Garrincha, inaugurado sábado passado. Para poder receber o Mundial de 2014, assim que acabar a Copa das Confederações o Estádio Nacional de Brasília vai engor­­dar em mais R$ 4,5 milhões a conta de R$ 1,015 bilhão. Tudo por causa da instalação do novo gramado. O Castelão, entregue em janeiro, já acusou descoloração da grama e o piso do Mineirão foi considerado "mais duro" do que o normal pelos jogadores da seleção, após amistoso com o Chile, em abril.

Estádio mais famoso do país, o Maracanã será entregue no dia 24 com a promessa de não precisar de nenhuma adequação interna depois de uma pré-inauguração na qual faltou até água nos banheiros. O entorno segue um canteiro de obras, mesmo com um atraso de seis meses no cronograma e a um custo de R$ 882,9 milhões – 47% superior à previsão inicial. Para evitar mais demora, um jogo-teste foi cancelado e a prévia será o amistoso entre Brasil e Inglaterra, apenas duas semanas antes do torneio da Fifa.

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Inaugurada sem muitas ressalvas em abril e a um custo de R$ 688 milhões, a Fon­­te Nova é alvo de críticas do Tribunal de Contas da União (TCU) pelo modelo escolhido de gestão, no qual o valor da contrapartida exigida pelo consórcio administrador será de R$ 103,7 milhões anuais, por 15 temporadas. O valor final chega a R$ 2,2 bilhões, um incremento de 272%.

Na contramão da exorbi­­tância, ao menos dois estádios tiveram orçamento mais próximo ao original ou até mesmo reduzido. Entregue ontem, a Arena Pernambuco passou de R$ 529,5 milhões, para R$ 532 milhões (0,47% a mais). No Castelão, em Fortaleza, foram gastos 17% a menos, de R$ 623 milhões orçados em 2010, para R$ 518,6 milhões.

Fora do circuito da Copa das Confederações, seguem em obras Baixada (Curitiba, R$ 209 milhões), Beira-Rio (Porto Alegre, R$ 330 milhões), Arena Dunas (Natal, R$ 350 mi­­lhões), Arena Amazônia (Manaus, R$ 515 milhões), Are­­­­na Pantanal (Cuiabá, R$ 519,4 milhões) e Itaquerão (São Paulo, R$ 820 milhões). Com mais tempo, têm a chance de caprichar mais antes da inauguração.

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