Uma visita ao Maracanã na manhã deste sábado encerrou a última etapa da inspeção operacional aos estádios da Copa das Confederações antes do início da competição, em 15 de junho. A vistoria é aquela que foi adiada depois da forte chuva que atingiu o Rio em 6 de março e alagou o Maracanã, principalmente a parte onde, dias depois, foi colocado o gramado. O governo do Rio prometeu entregar o estádio à Fifa em 27 de abril.
"O objetivo da visita não é avaliar construção, nem término de obra", disse o gerente geral de integração operacional do Comitê Organizador Local (COL) da Copa, Tiago Paes. "Estamos aqui em mais de 60 pessoas, técnicos responsáveis por 19 áreas operacionais diferentes, entre elas alimentação, segurança, transporte e protocolo, para verificar o fluxo dos acessos de cada um dos clientes (torcedores e autoridades".
O diretor do escritório da Fifa no Brasil, Ron DelMont, disse que a entrega do estádio pelo governo é somente uma das etapas. "Há muita estrutura temporária que precisa ser colocada, para nossos técnicos e para todas as atividades que vamos ter. Aí, sim, o estádio estará pronto para os espectadores", disse.
O primeiro evento organizado pela Fifa no estádio, possivelmente com capacidade máxima de público, será o amistoso entre Brasil e Inglaterra, em 2 de junho. Antes, com portões fechados, serão realizados dois eventos-teste. "Não será o mesmo estádio ao qual as pessoas estavam acostumadas. Por isso é importante que eduquemos as pessoas sobre as mudanças", disse DelMont.
O gerente geral do COL, Tiago Paes, confirmou que, a exemplo do que aconteceu na Copa das Confederações da África do Sul (vencida pelo Brasil), em 2009, a premiação do campeão, no dia 30 de junho, será em um camarote adaptado, e não no gramado.
Manifestação
No início da tarde deste sábado, manifestantes caminharam em direção ao estádio em protesto contra o processo de concessão do Maracanã à iniciativa privada e a demolição do parque aquático Júlio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros, previstas no edital.