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A Arena Fonte Nova, que terá o primeiro jogo nesta tarde (16 h) com o tradicional Ba-Vi, é um exemplo de como a construção dos estádios para a Copa do Mundo tem ocorrido no Brasil. Construído a partir de uma PPP (parceria público privada) com as empresas Odebrecht e OAS, que constrói e administra o estádio, a tradicional praça esportiva terá um investimento público de R$ 689,4 milhões.

É assim o quinto estádio mais caro do país. Fica atrás apenas do Maracanã, Mané Garrincha (DF), Arena Corinthians e Mineirão. O valor final é de R$ 97,7 milhões a mais do que o previsto inicialmente.

Do total aplicado, R$ 421,3 milhões, (61,1%), foram bancados pelo governo estadual através de um financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O estado ainda arcará com a despesa de R$ 11,4 milhões para a instalação de uma arquibancada provisória para 5 mil pessoas.

O pagamento da dívida pública total será feita nos próximos 12 anos, com parcelas de R$ 99 milhões por ano, o que pode gerar um custo final de R$ 1,2 bilhão – quase o dobro. "Mas deve cair para R$ 95 milhões ao ano", diz acreditar o secretário da Bahia para assuntos da Copa, Ney Campello.

Esse valor pode diminuir ainda mais, dependendo dos lucros obtidos pelo estádio durante os 35 anos de concessão. Um exemplo é o contrato de naming rights assinado recentemente com o grupo Petrópolis, dono da cervejaria Itaipava. Com isso, a PPP receberá R$ 10 milhões ao ano por dez temporadas. A parceria estado-empresas prevê que, tirados os custos, os lucros e prejuízos serão divididos meio a meio.

"A evidência que esta estratégia de construção foi vitoriosa é que vamos entregar o primeiro estádio inteiramente novo para a Copa do Mundo. A parceria público privada nos deu a garantia de celeridade e qualidade da obra, o que gera menos custo de operação", argumenta Campello.

No estádio ocorrerá três jogos da Copa das Confederações, com início em junho: Nigéria x Uruguai, Brasil x Itália e a decisão de terceiro lugar. Já a Copa de 2014 terá seis jogos no local, incluindo uma das quartas de final.

Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff participou de um evento político de inauguração da Fonte Nova. Para hoje, diante da confusão na venda de ingressos, 1,2 mil policiais militares foram escalados. Antes do jogo, artistas baianos, como Ivete Sangalo e Olodum, farão um show. De protesto mesmo, só as baianas que reivindicam o direito de vender acarajés perto do estádio durante as competições, prática vedada comercialmente pela Fifa.

*O jornalista viajou a convite da Itaipava.

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