Os quatro turistas mexicanos presos por espancar dois advogados brasileiros, em Fortaleza, foram transferidos para o Instituto Penal Francisco Hélio Viana de Araújo, na região metropolitana da capital cearense. Entre eles está o deputado mexicano Sérgio Israel Eguren Cornejo, do Partido Acción Nacional (PAN). Completam o grupo o irmão dele, Angel Rimak Eguren Corneto, publicitário; o engenheiro Mateo Codinas Velten e o advogado Rafael Miguel Medina Perdezini.
A agressão aconteceu na noite de domingo (29), horas depois de o México ser eliminado da Copa pela Holanda. Os mexicanos estavam dentro de um táxi, perto da Fan Fest, quando cruzaram com os dois advogados brasileiros, a mulher e o amigo de um deles, que deixavam uma pizzaria. Segundo as vítimas, um dos mexicanos teria mexido com a mulher e o marido dela o empurrou. A reação dos estrangeiros foi sair do táxi e começar a espancar os advogados. A agressão só parou quando os dois ficaram desacordados, com a mulher tentando defendê-los. O terceiro homem saiu para chamar a polícia, o que possibilitou a prisão em flagrante.
Os quatro foram encaminhados para a Delegacia de Capturas ainda no domingo e ouvidos um dia depois pela delegada Adriana Arruda, titular da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur). No mesmo dia ela ouviu os brasileiros. Um deles chegou a passar uma noite no hospital, com fraturas no rosto.
Os mexicanos alegam que estavam indo para o aeroporto e que outro torcedor, com a camisa da seleção do México, mexeu com a mulher do brasileiro. "A vítima achou que tinha sido um dos acusados, porque o táxi estava parado, e o agrediu. Depois de levar um soco ele desceu do carro. Os quatro mexicanos que estão presos, na verdade, não fizeram nada", disse, ao jornal O Povo, de Fortaleza, o advogado Henrique Garcia.
De acordo com a delegada da Deprotur, nenhum dos mexicanos apresentava sinais de embriaguez. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário. A pedido das vítimas, o nome delas não foi divulgado pela polícia.