Os operários que trabalham na reforma do Beira-Rio para a Copa de 2014 entraram em greve na manhã desta terça-feira. Depois de uma reunião com a construtora Andrade Gutierrez, responsável pela obra do estádio em Porto Alegre, eles decidiram parar por tempo indeterminado. O principal impasse diz respeito ao porcentual de reajuste salarial exigido pelos trabalhadores - eles querem 15%, contra os 8% oferecidos pela empreiteira.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada do Rio Grande do Sul (Siticepot), dos 900 operários que atualmente trabalham nas obras do estádio do Inter 600 são empregados pela própria Andrade Gutierrez e os demais são terceirizados.
Na semana passada, parte dos operários já fez uma paralisação de cerca de 24 horas, exigindo a ampliação dos direitos, como um menor intervalo entre as folgas para visitar familiares, questão que já foi resolvida, e o reajuste salarial. Como não houve acordo para o aumento dos salários, os trabalhadores decidiram agora pela greve por tempo indeterminado.
No último balanço divulgado pela construtora, em dezembro, a reforma do Beira-Rio já tinha atingido 52% da conclusão das obras. A previsão é de que o estádio seja inaugurado no final deste ano, para ser o palco em Porto Alegre dos jogos da Copa do Mundo de 2014.
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