Cerca de 30 mil trabalhadores da construção pesada da Bahia entraram em greve nesta quinta-feira (12), reivindicando melhorias nas condições de trabalho. De acordo com a Força Sindical, todas as obras do Estado estão paradas desde às 6 horas desta manhã, incluindo a da Arena Fonte Nova, estádio que será um dos palcos da Copa do Mundo de 2014 e que tem pretensão de receber jogos da Copa das Confederações de 2013.
Os trabalhadores se reuniram durante a manhã, em sua maioria, na Praça Fórum Ruy Barbosa, no Campo da Pólvora em Nazaré, próximo ao centro de Salvador. A paralisação afeta as principais obras do Estado, entre elas a construção da Via expressa, da Via Bahia Polo Naval, Parques Eólicos, Ferrovia Leste/Oeste e do Metrô.
Segundo informações da presidente da Força Sindical da Bahia, Nair Goulart, as obras envolvidas representam investimento de R$ 20 bilhões de 300 empresas além de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo.
De acordo com a Força Sindical, entre as principais reivindicações estão reajuste de 13% do salário, 40 horas semanais, com trabalho de segunda a sexta-feira, planos de saúde e segurança do trabalho, pisos salariais unificados nacionalmente, pagamento de horas extras, cesta básica de R$ 250 entre outros.
Goulart afirma que o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav) negociam com o sindicato patronal há 70 dias e, como não houve acordo, a greve aconteceu. A data-base de reajuste salarial era 1.º de março, e, segundo a presidente da Força Sindical, para o reajuste acontecer ele terá que ser empregado com o retroativo.
Por volta das 11h30, havia terminado uma assembleia entre a Força Sindical e o sindicato patronal, na qual as empresas foram informadas que os trabalhadores recusaram a proposta sugerida. As empresas do setor sugeriram aumento salarial de 10% e cesta básica de R$ 160, segundo informações de Nair Goulart, os operários mantêm a solicitação por aumento de 14% e cesta básica de R$ 220.
A Força Sindical informa que não há previsão de término da greve mas que na tarde desta quinta-feira pode acontecer uma nova negociação. Uma assembleia está marcada para a próxima sexta, na Praça do Fórum Ruy Barbosa.
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