A Arena Amazônia, estádio da Copa em Manaus (AM), foi inaugurado na noite deste domingo (9) com falhas no acabamento, poltronas sujas de cimento, paredes apenas com reboco de concreto, baldes para aparar água de goteiras e aparelhos de ar-condicionado que não funcionaram em camarotes, entre outros problemas. Em campo, o amazonense Nacional recebeu o Remo no jogo de volta das quartas de final da Copa Verde e, com o empate de 2 a 2, acabou eliminado pelo time paraense.
Com tantos problemas, o governador do Amazonas, Omar Aziz já prometeu realizar novos eventos-teste antes de entregar a Arena Amazônia para a Fifa, que irá assumir a administração do local durante a Copa do Mundo, marcada para começar em 12 de junho.
"Se o Amazonas tem competência para construir a Arena Amazônia, com certeza terá competência para não deixar que ela se transforme em um elefante branco. O mais difícil não é dar destino a ela, o mais difícil é construir e nós conseguimos". A declaração do governador amazonense antes do jogo.
A preocupação do governador em tirar a pecha de elefante branco do estádio se justifica pelo valor aproximado de R$ 500 mil de manutenção da estrutura. "Nessa obra nós ainda teremos muitos defeitos, então não adianta achar que está tudo perfeito. E para isto fizemos este teste, porque a obra é complexa e já tem condições de uso. E se não usarmos, não vamos inaugurar nunca", disse Omar Aziz.
A presidente Dilma Rousseff esteve na Arena Amazônia no dia 14 de fevereiro para uma inauguração informal da obra. Agora, restam três dos 12 estádios do Mundial para serem entregues: o Itaquerão (São Paulo), a Arena Pantanal (Cuiabá) e a Arena da Baixada (Curitiba).
A Arena Amazônia, construída a um custo estimado de R$ 669,5 milhões para receber quatro jogos da primeira fase da Copa, tem capacidade para receber 44 mil torcedores. Mas, por ser um evento-teste, foram apenas 23 mil neste domingo - boa parte destinada gratuitamente aos operários que trabalharam nas obras e seus familiares.
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