Principal foto da perícia é a cobertura da Arena Amazônia, de onde um operário despencou e morreu no final de semana| Foto: Bruno Kelly / Reuters

Após o acidente que causou a morte de um operário nas obras da Arena Amazônia, a Justiça do Trabalho faz uma perícia para avaliar as condições de segurança no estádio. A perícia é necessária para avaliar as causas do acidente fatal e para liberar a continuação das obras na cobertura da arena, uma das sedes da Copa do Mundo do próximo ano.

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A inspeção é feita por seis peritos de Segurança do Trabalho, dois da Justiça do Trabalho, um do Ministério Público do Trabalho (MPT) e três da construtora Andrade Gutierrez, responsável pelas obras do estádio.

Os peritos vão recolher materiais de trabalho dos operários que atuavam na cobertura antes do acidente. "Neste caso são coisas bem simples que precisam ser feitas, basicamente é o recolhimento de materiais de trabalho que ficaram soltos na cobertura", explicou o perito judicial Paulo Antonio Barros Oliveira.

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Ele demonstrou confiança nas ações da Andrade Gutierrez para se adequar rapidamente às exigências da Justiça. "Existe uma urgência porque a obra está parada. Acredito que a empresa deve cumprir as recomendações com agilidade para que possamos fazer nosso relatório o mais rápido possível e encaminhá-lo à juíza, que certamente dará celeridade na análise", disse.

As obras na cobertura da arena foram interditadas pela Justiça do Trabalho há dois dias. Mas os operários informaram na segunda-feira que não iriam dar sequência ao trabalho nas demais áreas do estádio enquanto todo o complexo seja liberado.

A paralisação preocupa as autoridades locais, em razão da proximidade da Copa. A previsão inicial era de que todos os estádios ficassem prontos até dezembro. Por causa da interdição parcial, a Arena da Amazônia deve ter seu prazo de entrega estendido. A data, porém, ainda não definida.

"Só teremos esta informação quando retomarmos todas as frentes de trabalho na obra. O impacto no cronograma da obra ainda não pode ser aferido enquanto a interdição não for revogada", declarou Miguel Capobiango Neto, coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP COPA), órgão estadual que fiscaliza as obras da Copa.

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