O ministro do Esporte, Orlando Silva, informou que enviou na última terça-feira (19) um pedido ao presidente do Comitê Organizador Local (COL) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, para que a Fifa antecipe o anúncio da sede de abertura da Copa do Mundo de 2014, previsto para acontecer em outubro.
"Encaminhei formalmente ao Comitê Organizador Local da Fifa uma sugestão para que possamos decidir o quanto antes qual será o estádio da abertura", disse o ministro, após cerimônia de sanção da lei que concede incentivos fiscais para a construção do estádio do Corinthians, o Itaquerão, na zona leste da capital paulista. "O anúncio do jogo de abertura impacta no planejamento e na organização das cidades."
O ministro ressaltou que a decisão da Fifa deve ser "a mais célere [rápida] possível" e que irá se reunir na próxima semana com o presidente da CBF para tratar do assunto. No pedido, segundo Silva, não foi sugerida uma data para o anúncio. O ministro voltou a defender que a capital paulista sedie o jogo de abertura.
"São Paulo é a principal cidade do Brasil, seria lógico que tivesse a abertura da Copa do Mundo", afirmou. "Acreditamos que São Paulo, consolidando o equacionamento financeiro do estádio do Corinthians, dá mais conforto à Fifa."
O Corinthians anunciou na última terça-feira, por meio do seu site oficial, que chegou a um consenso com a construtora Odebrecht sobre o valor da arena: R$ 820 milhões. O diretor superintendente da Odebrecht em São Paulo, Carlos Armando Paschoal, afirmou nesta quarta que o contrato para a construção do estádio será assinado na semana que vem.
Orlando Silva ressaltou que a escolha do estádio corintiano para ser a sede paulista do Mundial "é um assunto resolvido". "A impressão que eu tenho é a de que não adianta querermos encontrar uma crise onde não existe", afirmou. "O financiamento do estádio está resolvido, vamos virar a página."
O ministro defendeu também que, após a Copa do Mundo, as arenas esportivas públicas sejam objeto de concessão para a iniciativa privada. "Após o evento, será importante que, mesmo os estádios que hoje são públicos, sejam objeto de concessão porque a administração privada pode dar maior sustentabilidade a essas arenas."
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