Cerca de 400 operários em greve nas obras do Maracanã participaram de protesto contra as condições de trabalho no local| Foto: Ricardo Moraes/ Reuters

Rio - Em greve desde o dia 1º de setembro, os operários que trabalham na reforma do Maracanã realizaram na manhã desta terça-feira (13) um protesto, em frente ao estádio, para reivindicar melhores condições de trabalho. A manifestação reuniu cerca de 400 trabalhadores e, acompanhada de perto pela polícia, não teve incidentes, mas atrapalhou o trânsito no Rio.

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Essa é a segunda greve que afeta a reforma do Maracanã, estádio escolhido para receber a final da Copa do Mundo de 2014. No fim de agosto, a paralisação dos operários durou cinco dias, mas houve um entendimento com o consórcio responsável pela obra, formado pelas construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Delta, e eles voltaram ao trabalho.

Dessa vez, porém, os operários resolveram entrar em greve por causa do não cumprimento de algumas cláusulas do acordo fechado anteriormente. Eles cobram melhores condições de trabalho no canteiro de obras e a extensão do plano de saúde para o turno da madrugada, além do aumento no valor do cesta básica que é paga pelo consórcio "Maracanã Rio 2014".

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O consórcio alega que a greve atual é abusiva e espera que a paralisação seja considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio - as duas partes, inclusive, chegaram a fazer uma audiência de conciliação na Justiça, na semana passada, mas não houve acordo. Assim, permanece o impasse, atrasando o cronograma da reforma do estádio.

Em nota, o consórcio minimizou o protesto desta segunda-feira, dizendo que "o número de operários que participaram corresponde a menos de 10% dos trabalhadores que atuam na reforma do estádio" - no total, o canteiro de obras do Maracanã tem atualmente 2,3 mil funcionários. E também ressaltou que está cumprindo todos os pontos do acordo fechado anteriormente.