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Vista geral da obra do Estádio Nacional, em Brasília: fim da paralisação | Raphael Ribeiro
Vista geral da obra do Estádio Nacional, em Brasília: fim da paralisação| Foto: Raphael Ribeiro

As obras do Estádio Nacional, um dos principais palcos da Copa do Mundo em 2014, foram retomadas nesta sexta-feira (4), após seis dias úteis de paralisação dos trabalhadores no canteiro, informou o sindicato da categoria.

Os cerca de 2.500 operários cruzaram os braços na quarta-feira da última semana apresentando, entre outras demandas, adiantamento de salário e recesso no fim do ano, além de plano odontológico.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Mobiliário de Brasília, Raimundo Salvador Braz, os operários já voltaram a trabalhar normalmente após assembleia na manhã desta sexta. A conciliação foi firmada em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

"Nós tivemos avanços. Conseguimos abono de 30% do salário em dezembro, junto com o 13.º, e a segunda parcela de abono em maio. Também conseguimos férias coletivas de 22 de dezembro a 1.º de janeiro", afirmou Braz.

O Consórcio Brasília 2014 - formado pelas construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia - afirmou, por meio de nota, que "durante todo o período, procurou chegar a um bom termo com os trabalhadores sem jamais deixar de observar o contrato com o poder público - o que significa, em última instância, o compromisso com o cronograma, a qualidade da obra e a correta aplicação dos recursos públicos".

Operários que trabalham na construção da Arena Pernambuco, que vai receber jogos da primeira fase da Copa e um jogo pelas oitavas de final, interromperam as obras na quinta-feira, por melhores condições de trabalho. Em 19 de outubro eles já haviam feito uma paralisação de advertência.

A construtora responsável pela obra em Pernambuco, a Odebrecht, que não reconhece o movimento, tenta na Justiça obrigar que os trabalhadores voltem ao trabalho para não prejudicar o prazo de entrega da obra.

Operários que atuam nas reformas do Mineirão, em Belo Horizonte, e do Maracanã, no Rio de Janeiro, também já fizeram paralisações esse ano.

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