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Estádio Beira-Rio está pronto, mas polêmica das estruturas temporárias tumultua a preparação de Porto Alegre para a Copa | Edison Vara / Reuters
Estádio Beira-Rio está pronto, mas polêmica das estruturas temporárias tumultua a preparação de Porto Alegre para a Copa| Foto: Edison Vara / Reuters

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), criticou o modelo imposto às subsedes para receber a Copa no Brasil e chamou de "roubada" a realização do evento nas condições exigidas pela Fifa. As declarações foram feitas na terça-feira (25) durante um debate no palácio do governo com ativistas que se opõem aos gastos públicos com o torneio.

O evento ocorreu no mesmo momento em que a Assembleia Legislativa aprovava um projeto do governo que concede isenções fiscais a empresas que pagarem pelas estruturas temporárias para o Mundial em Porto Alegre - cerca de R$ 25 milhões, além de R$ 5 milhões bancados pelo poder público em equipamentos que serão reutilizados posteriormente.

"Concordo que o diálogo [com a população sobre a Copa] deveria ser orientado, antes, pelo governo federal. Soubemos das invasões à soberania do país [pela Fifa] tardiamente. A decisão de assumir a Copa nessas condições foi uma roubada", disse o governador. A seguir, acrescentou: "Mas é preciso diferenciar o espetáculo esportivo do evento mercantil. É uma oportunidade, apesar de todas as injustiças".

Em sua fala, Genro citou como contraponto os ganhos que o estado terá com a realização de cinco jogos no Beira-Rio, como a presença de 200 mil turistas e a arrecadação de R$ 80 milhões em impostos.

Ele ainda fez um histórico da mercantilização do esporte e disse que política e negócios sempre estiveram envolvidos nesse meio. Na época da escolha do Brasil como sede do Mundial, em 2007, Genro era ministro da Justiça do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos principais articuladores da candidatura do país.

Participaram do debate com o governador líderes de grupos que convocaram os protestos de junho de 2013 na capital gaúcha. Os debatedores questionaram a violência policial e as remoções de moradores de áreas periféricas para obras relacionadas à Copa.

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