A decisão do Recife de não organizar Fan Fests fez a Fifa colocar a capital pernambucana contra a parede. O diretor de marketing, Thierry Weil, lembrou que a realização do evento é uma obrigação das cidades-sede assumida em contrato, e admitiu a possibilidade de levar o caso à Justiça.
"A Fan Fest é uma obrigação. A única cidade contra é Recife. Não quero nem pensar quais os próximos passos legais a serem tomados. Se você tem um contrato com um parceiro e ele não está respeitando, há uma ação legal que deve ser tomada", ameaçou Weil.
O contrato de cidade-sede prevê que o descumprimento de qualquer item resulta em ressarcimento à Fifa de prejuízos e abre brecha até para exclusão da Copa. "Ainda não é o momento de olhar de maneira mais séria para isso. Teremos todas as cidades participando", acrescentou.
O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), culpou o custo de R$ 20 milhões pela desistência. A conta é formada por gastos com segurança e os artistas, enquanto a Fifa cede telão, som e isola o local escolhido com grades. Há, ainda o temor de manifestações violentas nos eventos. Não há cobrança de ingresso para as festas.
"Buscaremos uma maneira não jurídica de convencer Recife a organizar a Fan Fest. Imagine o Brasil na final e a população sem uma Fan Fest no Recife. Não sei se o prefeito vai ficar tão bem numa situação dessa", advertiu Weil.
Segundo o dirigente da Fifa, Florianópolis e João Pessoa já demonstraram interesse em ter Fan Fest caso Recife realmente desista do evento. Nenhuma das duas cidades é sede da Copa.
Em Curitiba, a Fan Fest será organizada na Pedreira Paulo Leminski, ao custo de R$ 6,5 milhões. O valor é abaixo da média das sedes, estimada por Weil em
R$ 10 milhões. A capital paranaense ainda negocia patrocínio para realizar versões reduzidas da Fan Fest, as exibições públicas, no Tatuquara, no Cajuru, na CIC e no Bairro Novo.
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