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Torcida teve dificuldade para chegar ao Morumbi no amistoso desta sexta (6) | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Torcida teve dificuldade para chegar ao Morumbi no amistoso desta sexta (6)| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O amistoso entre Brasil e Sérvia já tinha iniciado no Morumbi, mas a concentração de pessoas do lado de fora do estádio com ingresso ainda era grande. Muitos torcedores chegaram atrasados por conta do trânsito intenso na capital paulista por causa da greve parcial de metroviários e agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

O advogado Livan Pereira, 33, por exemplo, gastou 3h20 para chegar de Atibaia, onde mora, no estádio do Morumbi. Ele estava acompanhando de mais cinco pessoas.

"Geralmente gasto 1h20 para fazer esse trajeto. Sabendo do trânsito caótico, até saí mais cedo de casa. Ainda assim não foi possível. Passei nervoso e perdi o hino nacional", disse Pereira à Folha de S.Paulo.

Já o coordenador de eventos Adalberto Lima, 30, pediu ajuda à reportagem para localizar o portão de entrada do Morumbi - procurava pelo setor 6. E mostrou incomodo com o atraso.

"Saí de Itaquera com meu carro e demorei mais de 2h20 para chegar. O entorno do estádio está muito tumultuado e a sinalização não é tão clara", disse Lima, acompanhado da mulher e da filha.

A correria no entorno do estádio chamou atenção até dos ambulantes. "Esse público não está acostumado a vir em jogo não", disse um, que vendia a "peruca de Neymar" por R$ 10.

Aos 10 min, quem estava fora do estádio ficou com a impressão que o Brasil havia marcado gol. A correria aumentou, mas os voluntários, que acompanhavam o jogo pelo rádio, tranquilizaram o público afirmando que ninguém tinha marcado ainda.

Quem aproveitou a pressa dos torcedores foram os cambistas. A quantidade aumentou e os preços subiram. Um cambista tentou vender um par de ingressos para um casal por mais de R$ 800.

CONTRASTE

Duas horas antes do jogo iniciar, o clima fora do Morumbi era de festa e tranquilidade.

As pessoas ouvidas pela reportagem nem sequer reclamaram da greve na capital paulista. A maioria dos entrevistados utilizaram carros particulares ou serviços de táxis para chegar ao estádio.

Foi o caso do analista financeiro Augusto Pinho Souza, 24, e da namorada Gisele Santos, 26, que conseguiram chegar ao Morumbi em 30 minutos, saindo do bairro da Lapa.

A única reclamação do casal foi com a falta de sinalização nos arredores do estádio e a concentração de pessoas já no Morumbi, o que, segundo eles, dificultou estacionar.

Já José Paulo Jorge, 51, demorou 30 minutos do Brooklin até o Morumbi. "Para mim, o trânsito parecia o mesmo dos outros dias", disse o torcedor do Santos.

Mas até quem sofreu para chegar ao estádio estava com o espírito em paz. Severina Tenório, 45, acompanhada da filha Gabriela, 11, levou 4h para chegar ao estádio.

Severina saiu do centro de Osasco e utilizou dois ônibus. "Foi difícil, mas para vim ver o Neymar vale a pena. Minha filha quer muito vê-lo e eu já sabia que seria difícil", disse.

A menina, torcedora do Santos e de Neymar, estava inclusive com uma faixa declarando seu amor ao camisa 10 da seleção brasileira. Mas ela se frustrou na primeira tentativa. Ao avistar o ônibus da seleção, os vidros estavam fechados e não permitiam olhar quem estava dentro do veículo.

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