O clima de tensão na região da estação Carrão, em São Paulo, local em que estava marcada manifestação contra a Copa nesta manhã, culminou nos primeiros embates do dia entre policias e manifestantes. Agentes chegaram a disparar balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo em três momentos.
Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas por balas de borracha e estilhaços de bombas de efeito moral lançadas pela polícia, que impediu os manifestantes de ocuparem a Radial Leste, principal via de acesso para o estádio do Itaquerão, onde ocorrerá a partida de abertura, entre Brasil e Croácia.
Dentre os feridos, três são jornalistas -incluindo uma correspondente da rede CNN- e dois são manifestantes.
Também a partir das 10h, um ato organizado pelos metroviários teve início em frente ao sindicato da categoria, no Tatuapé, pela readmissão dos 42 trabalhadores demitidos por justa causa pelo governo Alckmin (PSDB), em função da greve.O ato mais próximo ao Itaquerão (a cerca de 3,5 km) ocorrerá numa invasão conhecida como Copa do Povo, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).
Os manifestantes seguiram pela Rua Apucarana para tentar furar o cordão de isolamento e entrar na Radial Leste.
Além de montar o cordão de isolamento, a PM também soltou bombas de efeito moral diante do grupo de manifestantes e deteve algumas pessoas, como confirmou em sua conta no Twitter. Pelo menos um manifestante foi atingido e, sangrando, foi socorrido pelos bombeiros. Ainda há muita tensão no local.
O "Grande Ato 12 de Junho Não Vai ter Copa", organizado por seis coletivos, na frente da Estação Carrão do Metrô, da Linha 3-Vermelha, pretende chegar à Arena Corinthians, a 11 km de distância, palco do primeiro jogo, o que pode complicar o trânsito na Radial Leste.
A reportagem da Gazeta do Povo constatou grande número de policias militares na região da estação Carrão. Segundo informações da PM, cerca de 25 mil agentes da Grande São Paulo estão de prontidão ou trabalhando com vistas ao evento. Há ainda outros 4 mil, do Comando de Policiamento para a Copa do Mundo, em ação.
Outras cidades
Há ainda atos marcados em Rio, Brasília, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, São Luís, Belém e Porto Alegre.
Os organizadores do movimento pelo País afirmam acreditar que a Copa levou em consideração "interesses privados" e não "públicos". Outra queixa dos ativistas é em relação à "criminalização dos movimentos sociais e das lutas". Segundo eles, a presença da Forca Nacional de Segurança Pública e do Exército nas ruas já "viola a democracia brasileira".
Fan Fest
Na capital cearense, os protestos "1.º Grande Ato na Abertura da Copa da Fifa- 2014 #CopaPraQuem?" e "Copa das Manifestações" devem acontecer na Avenida Beira-Mar, bem próximo do local onde foi montada a Fan Fest. Pelo menos duas manifestações estão programadas para o Rio. Uma na Candelária, no centro, a partir das 10 horas, e outra às 15 horas. O grupo da tarde pretende seguir da Estação de Metrô Cardeal Arcoverde para a Praia de Copacabana em que será realizada a Fifa Fan Fest.
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