Sem acordo na negociação realizada ontem, continua o impasse entre os funcionários das obras do Maracanã e o consórcio que administra a reforma. Assim, não há previsão para o fim da greve dos trabalhadores, que começou na última quinta-feira e ameaça o cronograma para a entrega do estádio que receberá a final da Copa do Mundo de 2014.
Uma audiência de conciliação realizada ontem no Tribunal Regional do Trabalho do Rio, entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp) e o Consórcio "Maracanã Rio 2014", não resultou em acordo. Com isso, um julgamento ocorrerá na semana que vem para avaliar se a paralisação dos operários é procedente.
O consórcio responsável pela reforma do estádio, formado pelas construtoras Odebrecht, Delta e Andrade Gutierrez, espera que a greve seja considerada abusiva pela Justiça e, com isso, os operários sejam forçados a voltar ao trabalho.
"Nossa expectativa é de que o consórcio entre em contato antes do prazo [para o julgamento do caso no TRT-RJ] para rever alguns dos pontos que levantamos. Caso contrário, a obra vai ficar parada e o cronograma atrasar", disse Romildo Vieira, um dos diretores do sindicato.
Os operários pedem que a cesta básica passe para R$ 300. O consórcio, no entanto, ofereceu aumento imediato de R$ 110 para R$ 160, com possibilidade de outro incremento no futuro. Os funcionários também cobram melhores condições de trabalho no canteiro de obras e a extensão do plano de saúde para seus familiares.
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