Messi sumiu. As arrancadas de Robben pararam nos zagueiros. Devido à marcação e as atuações defensivas perfeitas dos dois times, os goleiros mal precisaram trabalhar no tempo normal e na prorrogação. Mas, de uma hora para outra, na decisão por pênaltis, um deles seria decisivo. Melhor para o argentino Sergio Romero, que carrega a clássica história do jogador que chegou a uma Copa sob imensa desconfiança e assume o papel de herói.
Após repetir Goycoechea, que classificou a Argentina para as semifinais da Copa de 1990 ao brilhar nos pênaltis diante da anfitriã Itália, o goleiro de 27 anos desabafou. "Quero agradecer aos meus companheiros e à comissão técnica que me ajudaram nos momentos mais difíceis. Foi o primeiro ano da minha carreira que fiquei tanto tempo no banco de reservas", disse, sobre o fato de ter jogado pouco no Mônaco, que tem Subasic, reserva na seleção da Croácia, como titular, e recentemente cogitou a contratação de Valdés, que deixou o Barcelona.
Mesmo assim, o técnico Alejandro Sabella apostou em Romero na Copa e foi muito criticado em seu país. Acabou recompensado com as defesas em chutes de Vlaar e Sneijder, além do reconhecimento de seu camisa 1. "Devo muito ao Alejandro", disse Romero, olhando para o treinador após receber o prêmio da Fifa de melhor em campo. "Também fui ao vestiário agradecer ao Louis [van Gaal, técnico da Holanda], porque me ajudou muito. Quando cheguei à Holanda, com apenas 20 anos, não conhecia nada e, como ele fala espanhol, me deu uma força muito grande", lembrou Romero. Ao ex-comandante, que trabalhou com o arqueiro no AZ Alkmaar, restou brincar com a situação. "Eu não deveria ter ensinado ele a pegar pênaltis", disse Van Gaal.
O responsável direto pela classificação argentina, entretanto, não deixou de responder aos críticos. "Há muita gente que achava que eu nem deveria estar aqui, não é? Se a seleção precisar de mim, eu estou tranquilo, sereno e pronto. Nada me perturba", garantiu Chiqui abreviação de Chiquito, "pequeno" em espanhol, a três dias de uma grande final de Copa, contra a Alemanha.
Pura raça
Perfeito nos desarmes, bem na distribuição de jogadas e sempre dedicado ao extremo, o volante Mascherano foi muito elogiado após a classificação argentina à final da Copa. O camisa 14, mesmo sem ser um exemplo de técnica, contagia pela raça. "Mascherano é um baluarte, um símbolo", elogiou o técnico Alejandro Sabella. "Ele tirou um peso muito grande quando passamos às semifinais. É o único argentino com duas medalhas olímpicas. É um símbolo dentro e fora de campo", comentou.
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