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 | Amanda Audi/Gazeta do Povo
| Foto: Amanda Audi/Gazeta do Povo
  • Manifestantes em caminhada durante os protestos contra a Copa no Centro de Curitiba
  • Manifestantes se reuniram em frente ao prédio da UFPR, na Praça Santos Andrade

No dia da abertura da Copa do Mundo no Brasil, um protesto reuniu cerca de 150 pessoas em Curitiba. O grupo se concentrou em frente à Praça Santos Andrade, no Centro, e caminhou até a frente do Centro Aberto de Mídia, no Largo da Ordem – o QG de jornalistas não credenciados pela FIFA que vieram cobrir o Mundial. A manifestação foi pacífica.

Assista abaixo ao vídeo com imagens do protesto

O ato foi formado principalmente por estudantes, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais e partidos políticos. Com faixas e cartazes, eles reclamaram dos gastos excessivos da organização do Mundial e contra as medidas adotadas pelas autoridades públicas do país que beneficiam a FIFA ao invés da população, como o despejo de moradores para reformas de estádios e aeroportos, por exemplo. Eles também sairam às ruas como uma forma de manter o "espírito das manifestações" que tomaram conta do país há um ano.

"Vai ter Copa. Acho que ninguém imaginou que não teria. Mas a Copa que teremos não é a Copa imaginada no começo. É só ver como as ruas estão vazias de bandeirinhas", diz o pré-candidato ao governo do estado pelo PSOL, Bernardo Pilotto. "Venderam uma ilusão e nós vimos que nem tudo se realizou. O discurso foi diferente da prática", comenta Andressa Fochesatto, diretora do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismac).

Os gritos de guerra diziam "É ou não é piada de salão? Tem dinheiro pra Arena mas não tem pra educação" e "E na Arena, enquanto a bola rola, não tem saúde, não tem transporte nem escola". Apesar da revolta, eles afirmam que não são contra Copa e nem contra o futebol, mas sim contra o esquema que foi montado para o Mundial. "Eu jogo bola, é diversão, mas o que eu quero é educação", era outro grito entoado.

Uma das organizadoras do ato, Mariane Siqueira, presidente municipal do PSTU, afirma que novos protestos devem ocorrer em todos os jogos da Copa em Curitiba. O primeiro, marcado para o próximo dia 16, no dia do jogo entre Irã e Nigéria, deverá ter um recorte feminista. "Queremos falar sobre a situação das mulheres nesses dois países. Na Nigéria tivemos recentemente o caso das 200 meninas sequestradas. E também sobre as mulheres no Brasil, que ficam vulneráveis a exploração sexual em época de grandes eventos", afirma.

A concentração na Santos Andrade começou por volta das 11h e se dispersou perto das 14h no Largo da Ordem. O trajeto entre um lugar e outro foi tranquilo e não houve hostilidade. No calçadão da XV de Novembro, pessoas filmavam e tiravam fotos com celular. Vendedores de lojas de bugigangas dispararam vuvuzelas enquanto o protesto passava.

Manifestantes criticam gastos com a Copa do Mundo

Representantes de partidos e de trabalhadores tomaram as ruas em uma manifestação pacífica contra a Copa do Mundo. As críticas foram direcionadas aos gastos e a falta de investimentos em saúde, educação e esportes.

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