No dia da abertura da Copa do Mundo no Brasil, um protesto reuniu cerca de 150 pessoas em Curitiba. O grupo se concentrou em frente à Praça Santos Andrade, no Centro, e caminhou até a frente do Centro Aberto de Mídia, no Largo da Ordem o QG de jornalistas não credenciados pela FIFA que vieram cobrir o Mundial. A manifestação foi pacífica.
Assista abaixo ao vídeo com imagens do protesto
O ato foi formado principalmente por estudantes, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais e partidos políticos. Com faixas e cartazes, eles reclamaram dos gastos excessivos da organização do Mundial e contra as medidas adotadas pelas autoridades públicas do país que beneficiam a FIFA ao invés da população, como o despejo de moradores para reformas de estádios e aeroportos, por exemplo. Eles também sairam às ruas como uma forma de manter o "espírito das manifestações" que tomaram conta do país há um ano.
"Vai ter Copa. Acho que ninguém imaginou que não teria. Mas a Copa que teremos não é a Copa imaginada no começo. É só ver como as ruas estão vazias de bandeirinhas", diz o pré-candidato ao governo do estado pelo PSOL, Bernardo Pilotto. "Venderam uma ilusão e nós vimos que nem tudo se realizou. O discurso foi diferente da prática", comenta Andressa Fochesatto, diretora do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismac).
Os gritos de guerra diziam "É ou não é piada de salão? Tem dinheiro pra Arena mas não tem pra educação" e "E na Arena, enquanto a bola rola, não tem saúde, não tem transporte nem escola". Apesar da revolta, eles afirmam que não são contra Copa e nem contra o futebol, mas sim contra o esquema que foi montado para o Mundial. "Eu jogo bola, é diversão, mas o que eu quero é educação", era outro grito entoado.
Uma das organizadoras do ato, Mariane Siqueira, presidente municipal do PSTU, afirma que novos protestos devem ocorrer em todos os jogos da Copa em Curitiba. O primeiro, marcado para o próximo dia 16, no dia do jogo entre Irã e Nigéria, deverá ter um recorte feminista. "Queremos falar sobre a situação das mulheres nesses dois países. Na Nigéria tivemos recentemente o caso das 200 meninas sequestradas. E também sobre as mulheres no Brasil, que ficam vulneráveis a exploração sexual em época de grandes eventos", afirma.
A concentração na Santos Andrade começou por volta das 11h e se dispersou perto das 14h no Largo da Ordem. O trajeto entre um lugar e outro foi tranquilo e não houve hostilidade. No calçadão da XV de Novembro, pessoas filmavam e tiravam fotos com celular. Vendedores de lojas de bugigangas dispararam vuvuzelas enquanto o protesto passava.
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