Atual campeão mundial, o técnico da Espanha, Vicente del Bosque, acredita que os torcedores e a imprensa de seu país estejam com um "otimismo exagerado" em relação ao bi na Copa do Mundo no Brasil.
"A Espanha tem uma cultura de futebol pessimista porque não passávamos das quartas de final. Isso parecia que era impossível. E em alguns anos temos passado ao lado contrário, com um otimismo às vezes exagerado, inclusive diante de seleções de renome", ressaltou o comandante, em entrevista ao site da Fifa, publicada nesta quarta-feira.
Del Bosque também enfatizou que este é o momento de a Espanha focar no seu presente e não ficar exaltando os títulos recentes. Desta forma, o treinador tenta tirar um pouco do peso sobre os ombros dos jogadores que defenderão a condição de atuais campeões mundiais no Brasil, onde ele espera ter mais sucesso do que teve na na Copa das Confederações. Ao se referir aos brasileiros como "pais do futebol", ele enfatizou: "Para nós é um orgulho poder ir defender um título de campeões do mundo no Brasil".
Del Bosque prefere lembrar que o importante foi a equipe nacional se manter fiel à forma de jogar dos últimos anos e também estabelecer um bom ambiente entre estrelas de clubes arquirrivais, no caso principalmente de Barcelona e Real Madrid.
"Temos sabido manter nossa identidade, principalmente em duas questões chaves: no futebol mantivemos nosso estilo de jogo, marcado pelos grandes meio-campistas que temos, e em seguida, fora de campo, soubemos manter e potencializar todas as boas relações entre eles. E isso é importante para que os êxitos possam chegar", opinou.
E, ao falar dos sucessos obtidos pela Espanha nos últimos anos, Del Bosque lembrou que o seu país vem triunfando mesmo sem contar com os dois principais jogadores da atualidade. "Tenho que dizer que estamos na era de Cristiano Ronaldo e Messi, e nós fomos campeões do mundo com estes dois grandes jogadores em cena", disse, ao mesmo tempo em que contém a euforia ao projetar a chance do bicampeonato mundial no Brasil. "Como todo desafio, agora (o título) pertence ainda ao terreno dos sonhos."
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