O Atlético assiste hoje, de camarote, a um importante ato político que pode definir o futuro das obras de conclusão da Arena para a Copa de 2014.

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A Assembleia Legislativa do Paraná analisa esta tarde a constitucionalidade do projeto de lei que autoriza o governo estadual a emprestar R$ 138,4 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O valor será entregue ao Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) do estado e, posteriormente, repassado ao Rubro-Negro. Como garantia, o clube tem o CT do Caju e títulos do potencial construtivo.

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O financiamento já foi pedido ao BNDES – consta apenas como enquadrado no banco. Mas sem a aprovação da lei em âmbito local, o poder público não poderá receber o montante e, consequentemente, não haverá dinheiro suficiente para garantir o término da obra.

Por isso, o projeto tramitou em regime de urgência na Assembleia e vai a plenário hoje, caso haja quórum suficiente.

Só que o ok para o projeto não anima tanto o Atlético, pois o repasse é apenas mais uma etapa no processo para o empréstimo.

"O projeto é um dos atos de todas as questões administrativas que faltam para chegar ao final do empréstimo. Mas a aprovação vai permitir a assinatura dos aditivos e também do contrato com a Agência de Fomento [agora Paraná Fomento], para então começar a vir o dinheiro de fato", explica o conselheiro jurídico da CAP S/A (sociedade anônima responsável por gerir as obras), José Cid Campêlo Filho.

Por enquanto, todas as intervenções no estádio foram bancadas com recursos do cofre atleticano. Por isso, o clube espera que sejam assinados os aditivos com os governos estadual e municipal para que outros R$ 30 milhões sejam destinados à obra – somente após o uso desse montante que o BNDES poderá liberar a verba.

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A expectativa do Atlético é de que a resolução desse assunto ocorra nos próximos dias. "Nós queremos que isso seja resolvido em no máximo 10 dias para fechar o conjunto de medidas e retomar a obra a todo vapor", espera Campêlo Filho.

A pressa do clube se justifica pelo fato de que não pretende atrasar a previsão de entrega da obra, marcada para março de 2013. Caso o empréstimo com o BNDES, que representa 75% do valor total do orçamento, não saia até julho deste ano, a reinauguração do estádio será adiada.

Segundo relatório do Mi­nistério do Esporte, o Joaquim Américo – embora dentro do prazo estipulado em cronograma – é a praça esportiva mais atrasada do Mundial, com 11% da obra concluída.

Superada esta etapa de estudo legal, os deputados voltam a se reunir para debater o mérito da norma, não mais as questões legais.