A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta quarta-feira (19) que, quando necessário, o governo usará as Forças Armadas para coibir atos de violência durante a Copa do Mundo.

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Em entrevista a rádios de Alagoas, ela afirmou que o governo planejou medidas para reforçar, em sintonia com os Estados, a segurança nas 12 cidades-sede durante o evento esportivo, que começa em junho. "A Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança, a Polícia Rodoviária Federal, todos os órgãos do governo federal estão prontos e orientados para agir dentro de suas competências e, se e quando for necessário, nós mobilizaremos também as Forças Armadas", disse.

A declaração da presidente foi dada após um dos jornalistas ter perguntado sobre atos de vandalismo em protestos espalhados pelo país.

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Dilma afirmou ainda que os investimentos em segurança durante a Copa somam R$ 1,9 bilhão, em ações como a estruturação de sistemas de comando e controle dos órgãos de segurança pública.

"Nós vamos estar muito bem preparados para garantir a segurança de todos os torcedores, dos turistas, das seleções, dos chefes de Estados que vão nos visitar, e eu tenho certeza de que vamos fazer a Copa das Copas", afirmou.

A presidente também defendeu mudanças na legislação para coibir atos de violência durante manifestações no país. Como a Folha de S.Paulo divulgou semana passada, o governo prepara um projeto sobre o assunto. O governo teme que protestos contra a realização da Copa voltem se espalhar pelo país durante o evento.

"É preciso reformar a lei e aplicar a Constituição. A Constituição garante a liberdade de manifestação, a liberdade de manifestação do pensamento, mas ela veda o anonimato. Então nós estamos trabalhando numa legislação para coibir toda forma de violência nas manifestações", afirmou Dilma na entrevista.

Protocolo com as PMs

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Segundo Dilma, o governo está atuando em conjunto com secretários de Segurança Pública e comandantes da Polícia Militar em todo o país em busca de um protocolo comum de atuação durante manifestações.

"Nossa meta é que o Brasil disponha de um regramento unificado, que defina melhor o uso proporcional da força por parte da polícia", disse a presidente.

Às rádios de Alagoas ela também repudiou atos de vandalismo e disse que "pessoas que escondem o rosto para se manifestar não são democratas", numa alusão aos "black-blocs", que pregam a destruição de patrimônio público e privado como forma de protesto.