Dilma tem evitado participar de eventos públicos do Mundial justamente por causa da resistência popular ao evento| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Com a justificativa de evitar uma saia-justa com chefes de Estado de todo o mundo, a presidente Dilma Rousseff decidiu que irá a apenas dois jogos da Copa: a abertura, nesta quinta-feira, em São Paulo, e a final, que será disputada em 13 de julho, no Rio. A informação foi confirmada pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, após participar nesta terça, na capital paulista, da festa de abertura do Congresso da Fifa.

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Segundo Rebelo, uma das dificuldades era justamente a de escolher as partidas que Dilma iria. O Palácio do Planalto temia que, se optasse, por exemplo, ir a um jogo com o vice-presidente norte-americano Joe Biden, poderia parecer um menosprezo à presença de outros líderes, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ou a presidente do Chile, Michelle Bachelet. "Portanto, para evitar problemas, ela só vai mesmo a dois jogos", disse Aldo Rebelo.

Inicialmente, a agenda presidencial chegou a incluir a presença de Dilma no jogo entre Alemanha e Portugal, marcado para acontecer na segunda-feira, na Fonte Nova, em Salvador, quando Merkel e o primeiro-ministro português Pedro Passos estarão no estádio. Mas ela acabou desistindo dessa partida, optando apenas por ir à abertura e à final.

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A presença de Dilma nos jogos será uma das mais reduzidas dos líderes dos países-sede nas últimas edições da Copa. Em 2006, por exemplo, Merkel esteve em todas as partidas da seleção da Alemanha e ainda foi à final da competição. Em 2010, o presidente sul-africano Jacob Zuma também foi presença constante nos estádios na África do Sul, mesmo sendo vaiado algumas vezes.

O ministro do Esporte admitiu que ainda não existe qualquer definição sobre quem entregará a taça ao vencedor da Copa. Dilma tem evitado participar de eventos públicos do Mundial justamente por causa da resistência popular ao evento. Ela também tem tomado distância em relação à Fifa. Nesta terça-feira, por exemplo, optou por não ir ao Congresso anual da entidade, que acontece em São Paulo.

Para a abertura da Copa, Aldo Rebelo disse nesta terça-feira estimar que entre 12 e 17 chefes de Estado e de governo estejam no Itaquerão. No total, a realização da competição deve atrair ao Brasil até 20 líderes de todo o mundo.