Dirigente contesta fórmula petraglista

• 0

Uma voz quase silenciosa tem feito bastante barulho entre os conselheiros do Atlético. O presidente do Conselho Fiscal do clube, Amadeu Geara, não é uma figura que está constantemente nos holofotes. Mas desde a aprovação no Conselho Deliberativo da modelagem de conclusão da Arena apresentada pelo ex-presidente Mario Celso Petraglia, ele saiu do quase anonimato para criticar ferozmente os moldes da proposta aclamada em assembleia.

Em uma carta aberta para todos os conselheiros do clube, ele de­­monstrou preocupações com o futuro do Furacão caso Petraglia de fato tome conta do assunto Copa. Esse descontentamento gerou uma série de questionamentos técnicos em relação à proposta do ex-mandatário, que foram encaminhados para o Conselho Adminis­trativo. Este colegiado, por sua vez, pediu esclarecimentos.

A principal preocupação de Ge­­a­­ra é em relação ao comprometimento do patrimônio do Rubro-Ne­­gro para tocar a obra e por isso gostaria de que tudo estive às claras, algo que, segundo ele, não está.

"Provoquei tanto o [Conselho] Deliberativo como o Adminis­tra­tivo, para que ele [Petraglia] preste esclarecimentos para uma coisa que me pareceu muito superficial. Não sou absolutamente contra qualquer coisa, mas é preciso resguardar o patrimônio. E isso não ficou claro", questionou.

Geara esperava uma resposta às suas contestações antes da reunião do Conselho, mas a assembleia já está marcada para a próxima quinta-feira e Petraglia avisou ao Con­selho Deliberativo que vai se pronunciar somente no órgão.

Mesmo assim, o opositor quer mais: ele espera que a proposta seja mais detalhada e es­­clareça pontos cruciais, como financiamentos e prazos. "Es­­pe­­­­ro que ele e a equipe dele apre­­sentem um projeto de fato e uma proposta efetiva, para que se possa entender quando vai começar e quando vai terminar, além do que isso vai representar para as finanças. Por enquanto não tem nada disso", seguiu.

O barulho criado por Geara tem incomodado alguns conselheiros, porém ele se defende. "Recebi contestações porque achavam que teria que ter me manifestado na reunião. Como poderia fazê-lo se o Conselho de­­cidiu que qualquer proposta tinha que ser apresentada com sete dias de antecedência? O Petraglia não fez isso", esquivou-se.