Rogério Costa, com o filho André, sorteado para comprar ingressos para jogos da Copa na Arena| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

"É vírus", pensou Rogério Costa quando a mensagem do banco caiu na sua caixa de e-mail. Era um aviso de que valor correspondente a 12 ingressos para a Copa do Mundo de 2014, três para cada jogo da primeira fase em Curitiba, havia sido debitado no seu cartão de crédito. A informação não batia. No sistema da Fifa, nenhuma confirmação. No site do banco, idem. A dúvida só acabou na quarta-feira, quase uma semana depois do alerta eletrônico, quando, enfim, foi possível verificar o sucesso da compra pela internet.

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INFOGRÁFICO: Veja como comprar ingresso para a Copa

"Me inscrevi para os quatro jogos para ver se conseguia ingresso para um. Não imaginava que seria possível ser sorteado para os quatro", diz ele, carioca há seis anos em Curitiba, supervisor de TI da Exxon-Mobil.

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Costa passou no primeiro funil da venda de ingressos da Fifa. Foram 6,2 milhões de solicitações e a comercialização efetiva de 889.305 bilhetes. Uma concorrência de sete por um, tão difícil quanto entrar nos cursos de Engenharia Ambiental ou Design de Produto na UFPR.

Amanhã, a partir das 9 horas, será concluída a primeira fase da venda de ingressos no site da Fifa. Ao invés de inscrição para o sorteio, a comercialização será por ordem de chegada. Quem for mais rápido terá preferência na aquisição de uma das 228.959 entradas.

"Será como comprar ingresso para um show disputado", compara Costa, que decidiu assistir à Copa do Mundo de perto em 2009. "Assim que meu filho nasceu, decidi que não poderia perder a oportunidade de levar ele e minha mulher ver nem que seja um jogo de meio de tabela", lembra.

Agora, ele irá esperar o sorteio das chaves para decidir a quais jogos efetivamente assistirá da arquibancada da Arena da Baixada ao lado de André e Renata.

"Não tenho nenhuma seleção em especial na cabeça. Claro que a gente sempre torce para ver os times mais tradicionais. Se for um bom jogo, vai valer a pena. O importante é não perder a oportunidade de ver uma Copa de perto, algo que decidi assim que meu filho nasceu", diz ele, que não descarta vender parte dos bilhetes. É uma maneira de recuperar o investimento de R$ 180 em cada um dos 12 ingressos de categoria 3, a segunda mais barata. E tentar três lugares na decisão, sonho de consumo de todos os torcedores inscritos no sistema da venda de ingressos da Fifa.

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"O segredo é comprar os de valor mais alto", sugere Raphael Machado, colega de trabalho de Costa.

Ele conseguiu ingressos para dois jogos em Curitiba. Também assistiu a quatro partidas da Copa das Confe­de­rações esse ano. O sonho de garantir lugar na decisão de um Mundial no Brasil, porém, terá de esperar mais um pouco.

Nessa fase, não haverá venda de bilhetes para a final, as semifinais, os jogos do Brasil na primeira fase e a oitava de final de Belo Horizonte – primeiro destino da seleção no mata-mata em caso de classificação como campeão de grupo. Serão 57 jogos avulsos disponíveis, além de cotas reduzidas por sede (41 mil carnês para todos os jogos na cidade) e para seguir uma única equipe. A Fifa não informou esta segunda carga nem o número de bilhetes disponíveis por partida.

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