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Até a próxima quarta-feira (2/10) os interessados em trabalhar como voluntários na Copa do Mundo de 2014 podem se inscrever através do site da Fifa. O único pré-requisito é que o candidato tenha 18 anos completados até o dia 12 de março de 2014, três meses antes do evento, mas o fato de falar uma ou mais línguas estrangeiras ajudará na seleção.

Na primeira fase de inscrição, no ano passado, cerca de 130 mil pessoas se candidataram a uma das 15 mil vagas. Para se ter ideia do montante expressivo, nas duas últimas Copas do Mundo a quantidade somada chegou a 90 mil. Mesmo diante disso, o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo resolveu abrir um segundo período de inscrição devido aos pedidos e para diversificar o grupo de voluntários com pessoas de cidades do interior, portadores de deficiência ou mais velhos.

O objetivo é encontrar pessoas que queiram ajudar no evento e não ver o jogo e ganhar um lanche de graça, por exemplo. "Até porque 90% dos voluntários vão ver os jogos no máximo pela televisão no intervalo de trabalho", avisa Rodrigo Hermida, gerente de voluntários do COL.

Rebatendo a crítica de uso desta grande força de trabalho gratuita por parte da Fifa, que lucra muito com a Copa do Mundo, Hermida argumenta que o projeto é fomentar o programa de voluntários no Brasil, para que isso seja um legado após o Mundial.

"A gente tenta fazer algo mais palpável, que motive as pessoas a continuarem fazendo isso depois da Copa. Por isso a Fifa acredita no que estamos fazendo e por isso planejamos desta forma. Não tem nada a ver com poder pagar ou não poder pagar", explica o gerente do COL, várias vezes citando o "brilho no olho" necessário para quem quiser ser voluntário.

Por fim, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (27), em Curitiba, Hermida afirmou que não há preocupações de orientar os voluntários por causa dos protestos populares que ocorreram em junho, durante a Copa das Confederações, e que podem se repetir durante a Copa do Mundo. "As manifestações não afetaram em nada na Copa das Confederações. Se não impactou da primeira vez, não vai impactar da segunda. A responsabilidade é de segurança pública", disse.

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