A Fifa garante que vai colaborar com as investigações em relação ao suposto envolvimento de Ray Whelan no esquema de vendas ilegais de ingressos. "É de interesse da Fifa que esse tema dos ingressos seja liquidado. Somos os primeiros que querem uma investigação e que o assunto seja rapidamente solucionado", declarou Delia Fischer, porta-voz da Fifa.
Whelan, diretor da empresa sócia da Fifa - a Match - foi preso na segunda-feira na sede da Fifa no Rio. Ele é suspeito de fornecer entradas para uma quadrilha de cambistas. Durante a madrugada, ele foi solto depois de pagar uma fiança e dar garantias de que não fugiria.
O pedido de pressa por parte da Fifa faz parte de uma estratégia para tentar blindar a Copa do Mundo e evitar que a operação da polícia tenha qualquer tipo de impacto no torneio. Na segunda-feira, uma reunião de emergência foi realizada entre o presidente, Joseph Blatter, e a cúpula da entidade. Ao deixar o encontro, Blatter fez um apelo: "vamos falar de futebol".
Nesta terça-feira, a Fifa ainda garantiu que adota uma "posição firme" contra qualquer tipo de abuso no que se refere às vendas de entradas. "Apoiamos qualquer ação contra a venda ilegal de entradas". insistiu a porta-voz. "Podemos confirmar que Whelan foi liberado", disse. "Vamos continuar a colaborar e dar todos os detalhes para a investigação", afirmou Delia Fischer.
A entidade ainda pediu que a imprensa adote uma postura "profissional" e alerta para os "rumores" que passaram a circular sobre o caso.
A empresa Infront ainda emitiu um comunicado para alertar que Whelan não ocupa qualquer cargo no grupo. A Match Hospitality é uma subsidiária da Infront, empresa que tem o sobrinho de Blatter como seu CEO. Mas a Infront insiste que não tem participação na MATCH Services, empresa que fornece acomodação e ingressos para a Copa e onde Whelan oficialmente trabalharia.