A reunião entre CBF, Comitê Organizador Local (COL), governo brasileiro e Fifa, nesta terça-feira (8), em Zurique, na Suíça, serviu não apenas para que o ministério do Esporte decidisse intervir no COL e fizesse as pazes com o secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, mas também para que os responsáveis pela organização da Copa do Mundo de 2014 resolvessem questões técnicas.

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Um dos problemas que precisam ser resolvidos é em relação às obras de infraestrutura. Durante reunião de cerca de seis horas na sede da Fifa, o governo brasileiro apresentou dados que parecem ter tranquilizado um pouco a entidade máxima do futebol. "Nas últimas semanas, reconhece-se que foram feitos vários avanços nas áreas de aeroportos e mobilidade urbana", diz a Fifa.

Depois, em entrevista coletiva, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, falou da possibilidade de utilização de aeroportos militares para garantir a eficiência do transporte entre as sedes da Copa. "Temos o grupo da Copa, que considera todas as soluções e possibilidades do âmbito dos desafios de organização de operação para a Copa e essa opção é considerada. Mas a forma, o detalhe, as condições, só podem ser reveladas quando resolvidas com o ministério da Defesa, que é em ultima instância a área responsável por essas operações", explicou Rebelo

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Outro ponto discutido foi a situação do Maracanã, que teve uma das empreiteiras que cuidam da sua reforma, a Delta, envolvida em escândalo de corrupção e retirada do consócio. "A saída da Delta já obteve uma solução adequada, porque ela integrava um consórcio e foi simplesmente substituída pelas outras empresas que o integram. Como todos sabem, o Maracanã é obra do Governo do Rio de Janeiro, mas o ministério tem acompanhado as obras e não achamos que haja nenhum atraso que comprometa a entrega do obra no prazo", comentou o ministro.

Uma grande preocupação segue sendo a aprovação da Lei Geral da Copa, que ainda tramita no Senado. Rebelo garantiu que não há pressão do Executivo: "O Congresso é independente, soberano, e toma suas deliberações sem que o Executivo interceda".

Já o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fechou a entrevista coletiva pedindo "solidariedade" do legislativo brasileiro. "Convido não apenas o Executivo, mas também o Legislativo para olhar para frente em solidariedade do beneficio do país", discursou.