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Di María sente uma lesão na coxa e desaba no gramado | Robert Ghement/EFE
Di María sente uma lesão na coxa e desaba no gramado| Foto: Robert Ghement/EFE

Baixa

Lesão deve tirar Di María da Copa

Principal parceiro de Messi nas jogadas ofensivas da Argentina, o meia Di María está fora da Copa do Mundo. Pelo menos é o que crava a imprensa argentina e o empresário do jogador, Eugênio Lopez, que dão como certa a impossibilidade de o atleta se recuperar a tempo das partidas finais.

Já a informação oficial da Associação de Futebol Argentino (AFA) era de que Di María iria passar por exames hoje para avaliar a gravidade da lesão sofrida ontem diante da Bélgica. Se ela for parecida com a de Sergio Agüero, o camisa 7 ficaria de fora não só da semifinal contra a Holanda, mas de uma hipotética final, no dia 13. Agüero se contundiu também na coxa contra a Nigéria, na última partida da primeira fase. Foi vetado para as oitavas, diante da Suíça. Até foi liberado para ficar no banco de reservas ontem, mas não foi utilizado.

O jogador do Real Madrid deixou a partida contra os Diabos Vermelhos aos 33/1º, sentindo uma fisgada no músculo posterior da coxa direita. Ele se machucou aos 27/1º após uma arrancada em velocidade que terminou com o meia limpando para o pé esquerdo e chutando forte na entrada da área, que acabou em cima da marcação belga. Logo depois, o camisa 7 caiu no gramado e foi atendido fora de campo. Ainda tentou continuar na partida, mas não conseguiu e precisou sair.

Depois do duelo, o técnico Alejandro Sabella disse esperar que o problema não fosse sério. Ele também falou sobre a situação de Neymar. "Estou com ele neste momento difícil. Eu jogava com a 10, era habilidoso. Gosto do futebol bem jogado. Quando uma equipe perde um jogador como Neymar é como uma lágrima derrubada pelo futebol."

Cabeludo como Caniggia, o jornalista que abre a entrevista com o técnico da Argentina após a vitória por 1 a 0 sobre a Bélgica pede para que o compatriota cante. "Sabella, diga-me como se sente...", puxa o repórter, parodiando a música que virou hit entre os hermanos – a versão original pergunta aos brasileiros qual é a sensação de ter sido eliminado pelo time de Maradona na Copa de 1990. O treinador não canta, aproveita para tirar o nó da garganta.

"Estou feliz por todos os argentinos. Depois de 24 anos, estamos entre os mais fortes do mundo", diz. A declaração marca o fim do que a imprensa da Argentina batizou de "Maldição dos cinco jogos". Desde o vice-campeonato na Copa da Itália, em 1990, a seleção não conseguia superar as quartas de final.

Moderado nas palavras, Sabella já tinha deixado claro na sexta-feira que o principal objetivo da equipe era quebrar esse tabu. Como Zagallo fez com o Brasil em 1998, o treinador agora fala em um passo de cada vez.

O plano de levar o tri para Buenos Aires passa claramente por não superestimar as qualidades da própria equipe. Na véspera do duelo contra os belgas, ele próprio reclamou do que chamou de "cultura" dos argentinos de sempre se acharem melhores do que são.

Ontem, porém, o futebol apresentado pelos comandados de Sabella foi 100% argentino. Da mesma forma que costumam derrubar os clubes brasileiros na Libertadores da América, os vizinhos jogaram com inteligência após acharem um gol aos 8/1º, com Higuaín. Elenco mais experiente entre os oito classificados para as quartas, com uma média de idade de 29 anos, a seleção cozinhou a Bélgica, que tem o grupo mais jovem (média de 26 anos).

Apontados como uma das prováveis sensações da Copa desde antes da competição começar, os belgas entraram em campo com um discurso de que não havia o que temer. Na saída, o técnico Marc Wilmots admitiu que a experiência pesou a favor dos adversários. "Em uma quarta de final os detalhes fazem diferença", disse o treinador.

O primeiro "detalhe" foi uma saída de bola errada e uma desatenção generalizada que deixaram o atacante Higuaín sozinho na entrada da área para abrir o placar, chutando de primeira após um passe do Di María que desviou no adversário. Depois disso, a Argentina não perdeu o controle da partida em nenhum momento. Wilmots reclamou da arbitragem que facilitou o estilo do rival, que passou a quebrar a velocidade do jogo belga.

Ao contrário do sufoco contra a Suíça, nas oitavas, a Argentina ainda se deu ao luxo de perder duas oportunidades claríssimas de ampliar o placar. Na primeira, Higuaín deu drible por debaixo das pernas do zagueiro Kompany e acertou o travessão. Na outra Messi ficou sozinho com o goleiro Courtois, mas chutou em cima dele. La Pulga, aliás, nem precisou brilhar. Ontem a camisa azul e branca pesou mais que ele.

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