Funcionários do setor elétrico da Arena da Baixada retomam paralisação

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Nem todos os funcionários das obras na Arena voltaram a trabalhar após o pagamento da CAP S/A às empreiteiras, feito na quinta-feira. Justamente os cerca de 30 operários do setor elétrico, os primeiros a entrar em greve no início da semana, voltaram a cruzar os braços ontem por não terem a quitação dos valores em débito.

Eles prestam serviços à empresa A. A. Camargo e, além da falta do pagamento dos salários, reclamam de irregularidades nos contratos. "A empresa recebeu o que tinha para receber do Atlético e não quis repassar para nós. Hoje [ontem] ficamos o dia todo esperando na calçada e às cinco da tarde tivemos de ouvir insultos do Gringo [como chamam o engenheiro da empresa] e que não ia nos pagar. Depois de quase brigarmos com ele, só vamos receber um vale de R$ 500", conta o operário Antônio Carlos Almeida de Souza.

O pagamento de parte dos trabalhadores só ocorreu após as 19 horas, quando uma funcionária da empresa, escoltada por dois policiais militares, retornou ao estádio com o dinheiro. Mas nem todos receberam. Parte deles, que está com o contrato rescindido, foi informada de que só terá a quitação dos débitos na próxima segunda-feira, diante dos representantes do sindicato da classe.

Os que seguem contratados decidem se voltam aos trabalhos somente após consultar o sindicato. Alguns, que preferem não se identificar, disseram à reportagem da Gazeta do Povo que, por terem tomado parte no tumulto de ontem, serão demitidos na próxima segunda-feira. Procurado pela reportagem, o coordenador da A. A. Camargo, Marco Aurélio Vargas, não atendeu as ligações.