A seleção de Gana quer disputar em campo neutro o jogo de volta contra o Egito pelas Eliminatórias Africanas, marcado para o próximo mês, e que definirá um dos representantes do continente na Copa do Mundo de 2014. O pedido foi feito à Fifa, sob a alegação de que, diante da turbulência política que o país do norte africano passa, é perigoso realizar a partida no Cairo.

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Na carta enviada à Fifa e publicada no site da Associação de Futebol de Gana (GFA), os dirigentes pedem que o jogo deve ser transferido para um local "seguro". "Nosso pedido se baseia na alarmante e rápida deterioração da situação de segurança no Egito", escreveu a entidade.

Pelo menos 51 pessoas foram mortas em confrontos no Cairo na semana passada, em atos ligado à destituição do presidente eleito Mohammed Mursi. A GFA disse que alguns dos seus jogadores expressam "grande preocupação com a sua segurança para o jogo".

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"Por mais que simpatizemos com os nossos irmãos da Associação Egípcia de Futebol, estamos muito preocupados com a segurança de nossos jogadores, dirigentes e torcedores e gostaríamos que a Fifa tome as medidas necessárias para proteger as vidas de Gana e Egito durante o segundo jogo", afirma a carta.

O Egito está programado para receber Gana em Cairo no dia 19 de novembro, em duelo que definirá qual seleção se classificará para o torneio no próximo ano no Brasil. O primeiro jogo será em 15 de outubro, em Kumasi.

A GFA observa que as autoridades egípcias proibiram a presença de público em partidas de futebol nos últimos dois anos no país, incluindo jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo contra Moçambique, Zimbábue e Guiné.

Com as recentes mortes, a Fifa pode ser forçada a negar aos torcedores egípcios a chance de assistirem à partida no estádio. "Eventos no país indicam claramente que a nossa delegação pode ser exposta ao perigo, pois a violência e a insegurança no país continua implacável", disse a carta de Gana.