A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse nesta quinta-feira (24) que o governo federal vai utilizar "tudo que tem ao seu alcance" para evitar abuso de preços na rede de hotelaria e nas passagens áreas para a Copa do Mundo de 2014. Ela participou pela manhã da 1.ª Reunião do Comitê de Acompanhamento de Preços, Tarifas e Qualidade de Serviços para a Copa do Mundo.
"Nós queremos entrar num acordo com essas empresas, ou seja, que elas possam oferecer um preço bom e justo. Se tivermos abuso de preço, o Estado brasileiro vai tomar as providências, sim. Vai utilizar de tudo que tem ao seu alcance para que a gente possa ter um equilíbrio", afirmou a ministra a jornalistas, após participar de cerimônia de anúncio de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) no Palácio do Planalto. A reunião do comitê ocorreu antes da solenidade do PAC.
Criado por determinação da presidente Dilma Rousseff, o comitê é composto, além da Casa Civil, pelos ministérios do Esporte, Justiça, Turismo e a Secretaria de Aviação Civil (SAC), com a participação dos ministérios da Fazenda (Receita Federal e Secretaria de Acompanhamento Econômico) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na reunião desta quinta, explicou a ministra, o Ministério do Esporte fez exposição sobre sorteio de ingressos, a tabela de jogos e a atuação da Fifa na preparação para o Mundial, enquanto o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) realizou uma avaliação sobre a questão das companhias áreas e a rede hoteleira. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça apresentou levantamento dos preços nas cidades-sede. "Foi uma reunião em que buscamos unificar todas as informações dos diversos setores e a partir de agora agir", disse Gleisi.
De acordo com a ministra, com a realização dos sorteios dos ingressos - foram solicitados mais do que a carga disponível - e dos grupos da Copa - que determinará por quais sedes cada seleção passará -, o governo vai ter uma ideia mais clara do fluxo de pessoas e da demanda por passagens aéreas e da rede hoteleira. "Já temos alguns levantamentos prévios, mas teremos um quadro mais detalhado depois. Aí teremos condições de ter um mapa para saber como os preços vão se comportar", afirmou Gleisi.
"Mas mesmo assim já estamos fazendo pesquisa de campo, consultando, conversando com a Fifa, com as empresas, porque queremos ter a certeza de que os preços praticados vão ser justos, não vão explorar o consumidor brasileiro, nem estrangeiro, nem o turista que vier assistir ao evento".
Indagada sobre a possibilidade de ampliar a malha aérea para melhorar a oferta de voos, a ministra respondeu: "Isto está sendo analisado e conversado. A Secretaria de Aviação Civil está coordenando isso junto com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em um trabalho de preparar nossos aeroportos e de considerar como vai ser dada a resposta à demanda que nós vamos ter por movimentação".
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