Numa reunião de pouco mais de uma hora, sem permissão para registro nem mesmo do fotógrafo oficial, a presidente Dilma Rousseff aceitou rever alguns pontos da Lei Geral da Copa que causaram conflito com a Fifa.
Dilma encontrou-se com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e com o ministro do Esporte, Orlando Silva. Ao final da reunião, o ministro declarou que o governo reafirmou à entidade que irá seguir os compromissos assumidos quando o Brasil foi escolhido para sediar o evento. Pontos controversos para a Fifa, como a proibição de venda de bebidas alcoólicas nos estádios, meia entrada para estudantes e combate mais vigoroso à pirataria estão entre os pontos que o governo aceita rever. Já a venda de meia entrada para os idosos, garantida pelo Estatudo do Idoso, não deverá sofrer alteração. Na próxima semana haverá outra reunião entre representantes da Fifa e do governo, em Brasília. Valcke avaliou que a audiência com Dilma foi produtiva e observou que as exigências da entidade para o Brasil são as mesmas aplicadas na África do Sul em 2010 e serão idênticas as que serão impostas à Rússia em 2018.
De acordo com Orlando Silva, na semana que vem serão revistos temas que poderão ser alterados na Lei Geral da Copa que foi encaminhada para a Câmara há cerca de 15 dias.
"Na próxima semana, na quarta-feira, uma equipe da Fifa estará no Brasil para que possamos fazer um novo encontro, examinar temas que a redação do projeto possa ser aperfeiçoada de modo que fique nítido que todas as garantias que o Brasil firmou com a Fifa deverão ser cumpridas", disse o ministro.
Ele disse que o governo irá sugerir alterações ao Congresso: "Nosso objetivo neste encontro da próxima semana é oferecer eventualmente ao Congresso algumas sugestões adicionais para que a redação da lei deixe o mais claro possível os compromissos do Brasil com as garantias que foram oferecidas".
Orlando Silva afirmou que no caso dos descontos para estudantes as legislações são estaduais e, portanto, a Fifa terá de conversar com os governos estaduais. O governo federal se comprometeu a intermediar as negociações, caso seja necessário. Já em relação à venda de bebidas nos estádios, que contraria o interesse da entidade uma vez que uma das patrocinadoras é uma cervejaria, o ministro declarou que não há uma legislação federal a respeito, mas uma determinação da CBF.
"Nosso objetivo neste encontro da próxima semana é oferecer eventualmente ao Congresso algumas sugestões adicionais para que a redação da lei deixe o mais claro possível os compromissos do Brasil com as garantias que foram oferecidas", declara.
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