R$ 330 milhões é o valor final das obras de construção da Arena da Baixada.
R$ 1,1 bilhão é a estimativa da dívida do governo do estado com fornecedores.
R$ 2 bilhões é o valor pleiteado pelo governo estadual em empréstimos e financiamentos presos em Brasília.
R$ 817 milhões é o empréstimo mais volumoso pleiteado pelo governo.
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O governo do Paraná prepara uma proposta técnica para obter, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os recursos necessários para a conclusão das obras na Arena da Baixada, ao mesmo tempo em que busca recapitalizar o Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado (FDE).
Ontem, técnicos da Secretaria de Estado do Planejamento e da Fomento Paraná reuniram-se para definir como será feita essa arquitetura financeira. O governo ainda não informa de quanto e nem como será esse pedido. Um encontro entre representantes dos dois órgãos e do BNDES deve ocorrer entre hoje e amanhã.
A opção por esse modelo foi definida na última sexta-feira, em uma reunião que envolveu o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, o secretário estadual de Planejamento, Cassio Taniguchi, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. A alternativa surgiu após a comitiva paranaense receber de Coutinho a notícia de que o ProCopa Arenas, programa do banco federal para financiar até R$ 400 milhões para cada um dos estádios da Copa do Mundo, estava encerrado.
Urgência
Governo e Atlético Paranaense possuem urgências semelhantes. Na próxima terça-feira vence o prazo dado pela Fifa para confirmar a presença de Curitiba como sede da Copa. A entidade pode riscar a cidade do Mundial, caso o estádio não apresente uma evolução considerável em relação à última vistoria, realizada em 21 de janeiro. A Fifa já adiantou que não pretende ter o estádio concluído em 18 de fevereiro, mas espera ver um aumento no ritmo, tendo sugerido, inclusive, a contratação de mais operários para trabalharem na Arena.
]O clube, por sua vez, alega que já arcou com o aumento do custo da obra e que precisaria de um novo financiamento do poder público para concluir a Arena. As obras no estádio teriam lastro até o carnaval. Depois dali, não haveria recursos para a continuidade do projeto, que entraria em uma fase de acabamento.
Caixa
Ao mesmo tempo o governo estadual enfrenta uma dura realidade fiscal. Devendo cerca de R$ 1,1 bilhão para fornecedores, o Executivo espera a vinda de recursos travados em Brasília para normalizar o caixa. Além da pressão dos fornecedores, o relógio corre para o governador Beto Richa (PSDB) retomar obras e projetos pelo estado.
O pedido de recursos para o FDE abriria um novo front na busca do Palácio Iguaçu por recursos federais. "É um esforço único para resolver dois problemas, o da Copa e do caixa do estado", diz uma fonte no Palácio Iguaçu. Atualmente, o estado tem a receber cerca de R$ 2 bilhões em cinco empréstimos presos na Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O mais volumoso deles, referente ao Proinvest (Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal), traria R$ 817 milhões para os cofres do estado e deveria ter sido liberado no fim do ano passado. Uma denúncia encaminhada pelo senador Roberto Requião (PMDB) travou a liberação do recurso e obrigou o governo a apresentar novos documentos para a STN. O Executivo esperava um desfecho rápido para o caso, mas, até o momento, a luz verde da STN ainda não acendeu, impedindo a vinda dos recursos para o estado e para a Copa.
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