Manaus
Antônio José Pita Martins, um dos operários que trabalhavam na construção da Arena Amazônia, morreu ontem em Manaus. Ele tinha 55 anos e sofreu um acidente no começo da manhã, quando desmontava um guindaste de grande porte. Levado para o hospital, não resistiu aos ferimentos. De acordo com as investigações, uma peça teria caído em sua cabeça. Foi a terceira morte nas obras do Mundial em Manaus e a sexta vítima relacionada ao evento no país.
O governo do Paraná pedirá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento para recapitalizar o Fundo de Desenvolvimento Econômico do estado (FDE) e, dali, tirar os recursos necessários para a conclusão da Arena. Esta foi a conclusão da reunião do presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, e do secretário estadual de Planejamento e Coordenação Geral, Cassio Taniguchi, com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ontem, em São Paulo.
A alternativa foi alinhavada após a comitiva paranaense receber de Coutinho a notícia de que o ProCopa Arenas, programa do banco federal para financiar até R$ 400 milhões para cada um dos estádios da Copa, está encerrado conforme informou a Gazeta do Povo na edição de quinta-feira.
Na segunda-feira, técnicos da Fomento e da Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral vão se reunir para definir quais projetos serão englobados no pedido. A ideia é na terça-feira encaminhar a solicitação ao BNDES. "Os recursos desta capitalização devem atender a vários projetos e ser utilizados para viabilizar um novo financiamento para a conclusão das obras da Arena da Baixada, mediante as garantias necessárias", informou a Fomento, em nota enviada à Gazeta do Povo.
Paralelamente às tratativas com o BNDES, a Fomento vai definir as condições do repasse ao Atlético. Os termos devem ser os mesmos dos créditos de R$ 30 milhões e R$ 65 milhões dados à obra também com recursos do FDE. Ainda falta definir exatamente de quanto será o novo financiamento.
Na próxima semana, a direção da Fomento recebe da auditoria o orçamento de R$ 319 milhões, protocolado pelo Atlético em 23/1. No entanto, o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, já havia informado a Taniguchi um custo de R$ 330 milhões, valor confirmado pelas secretaria municipal e pela coordenação estadual de Copa.
Em nota enviada à Gazeta do Povo, o BNDES acrescentou alternativas de linhas de crédito para a conclusão da obra. "Entre elas, a utilização de contratos já existentes entre o Estado do Paraná e bancos federais, que permitam apoiar despesas de capital do governo paranaense. A concretização de uma das alternativas discutidas ainda depende de instâncias superiores e de análises técnicas e legais", informa o comunicado.
A reportagem apurou que essa opção é a liberação do crédito de R$ 817 milhões do Proinveste, programa do BNDES de investimento nos estados. O empréstimo foi para reanálise após uma denúncia do senador Roberto Requião, à Secretaria de Tesouro Nacional (STN), de que o Paraná estaria descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que diz respeito aos gastos com pagamento de inativos.
Hoje, a obra da Arena tem fôlego financeiro para seguir até o carnaval. Um novo aporte é necessário para cumprir o plano de aumento de operários, considerado indispensável pela Fifa para que o estádio fique pronto até abril. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, ontem, o CEO do Comitê Organizador da Copa, Ricardo Trade, disse que, se Curitiba for cortada, o torneio terá 11 sedes. "Não vai ser na Arena do Grêmio. Se houver algum problema, nós faremos a distribuição [dos quatro jogos da Arena] pelas outras 11 sedes", disse Trade.
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