Companhias aéreas e concessionárias de aeroportos devem entregar em 10 dias à Secretaria da Aviação Civil (SAC) e à Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) um cronograma de transferência das operações para os novos terminais, em Guarulhos, Viracopos (SP), Brasília e São Gonçalo do Amarante (RN), os quatro aeroportos privatizados em 2012. De acordo com o ministro da aviação civil, Wellington Moreira Franco, uma reunião foi marcada para 9 de abril, provavelmente em São Paulo, para apresentar a proposta.
"É necessário que as empresas cheguem a um acordo factível, realista e conservador, que garanta ao usuário uma situação controlável e confortável", disse o ministro, após cerca de duas horas e meia de reunião. "A experiência internacional mostra que não adianta fazer as coisas de maneira açodada", acrescentou. Ele se referiu ao início das operações de terminal no aeroporto de Heathrow, na Inglaterra, quando foram registradas dezenas de milhares de perdas de bagagem. Ele evitou dar qualquer sinalização de data para as transferências, nem mesmo para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RS), cujas obras já foram finalizadas e que chegou a ter inauguração marcada para abril. "Não tenho dúvidas de que o sistema estará preparado, mas a prioridade é evitar problemas ao passageiro", disse.
O cronograma será definido com as quatro empresas aéreas nacionais - TAM, GOL, Azul e Avianca - e as concessionárias de Guarulhos, Brasília, Viracopos e São Gonçalo do Amarante, além da Anac e SAC. Durante a reunião, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) apresentou um documento com os principais questionamentos técnicos e tecnológicos às concessionárias.
A jornalistas, o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, evitou antecipar qualquer data, mas disse que "um conjunto importante (das operações) vai estar pronto antes da Copa". Ele não detalhou, porém, quais atividades poderiam ser transferidas ou em quais aeroportos essa transferência seria mais factível. Ele comentou apenas que é possível que algumas operações sejam antecipadas em relação ao que estava estimado inicialmente. Embora não fosse um cronograma formal, algumas companhias aéreas chegaram a indicar que poderiam deixar para realizar a transferência apenas após a Copa.
Sanovicz também evitou dizer qual aeroporto traz maior preocupação para as empresas. Segundo ele, cada aeroporto tem sua particularidade. Fontes do setor, porém, indicam que a maior preocupação seria no Rio Grande do Norte, onde o novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante fica a quilômetros de distância do atual aeroporto de Natal e as obras do acesso não estão concluídas - e nem devem ficar prontas até o início da Copa.
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